Política
"À companheira, e antes de tudo amiga Dilma Rousseff, um forte abraço neste #DiadoAmigo. O Brasil e os brasileiros têm certeza de sua dedicação por este país!", afirmava a legenda
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Após receber críticas públicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff publicou na segunda-feira, 20, em sua página no Facebook uma fotografia com Lula por causa do Dia do Amigo.
Na imagem, ela aparece abraçada ao padrinho político. A legenda traz um pequeno coração, símbolo usado nas redes sociais como demonstração de carinho. "No #DiadoAmigo a homenagem é ao querido companheiro Lula", dizia o texto que acompanhava a foto. Pouco tempo depois, Lula compartilhou a mesma imagem em seu perfil na rede social.
"À companheira, e antes de tudo amiga Dilma Rousseff, um forte abraço neste #DiadoAmigo. O Brasil e os brasileiros têm certeza de sua dedicação por este país!", afirmava a legenda.
Nos últimos meses, o ex-presidente vinha fazendo reiteradas críticas a Dilma, especialmente por causa das medidas do ajuste fiscal patrocinadas pelo governo. Num dos momentos mais duros, o petista disse a um grupo de religiosos que Dilma e ele estavam "no volume morto" e que o PT estava abaixo desse nível.
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Presidente do PT, Rui Falcão também mandou o seu "abraço" para Dilma pelo Twitter.
Cunha
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Durante todo a segunda-feira, circulou pelas redes sociais uma foto da presidente ao lado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com a frase "Feliz Dia do Amigo". Na sexta-feira, Cunha anunciou seu rompimento com o governo e informou que vai fazer oposição a Dilma, após a revelação de que ele teria cobrado propina de US$ 5 milhões de um dos delatores da Operação Lava Jato, que apura corrupção na Petrobrás.
Defesa
Dilma aproveitou a reunião de ontem da coordenação política de governo para defender Lula. O ex-presidente é investigado pela Procuradoria da República no Distrito Federal, que apura se ele praticou tráfico de influência em favor da Odebrecht. "Isso é um absurdo. Não tem a menor procedência", disse Dilma, conforme relatos de dois participantes da reunião de ontem.
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"Se fosse assim, Barack Obama, Angela Merkel e o rei Juan Carlos que defendem os interesses dos empresários dos seus países, também seriam processados."
A suspeita é de que Lula tenha obtido vantagens econômicas da Odebrecht, ajudando a empreiteira a conseguir obras financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em países da África e da América Latina. Ele nega.
A defesa de Lula marca um gesto de reaproximação de Dilma, que viu sua relação pessoal com o padrinho político estremecer em meio aos desdobramentos da Lava Jato, da deterioração dos indicadores econômicos e da quebra abrupta de sua popularidade.
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