Política

Ao lado de Lula, Dilma reforça discurso contra PSDB

"É disso que estamos tratando, de não deixar eles voltarem, não deixar que volte esse tipo de política, que olha para o País de forma irresponsável", disse a petista

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 21/10/2014 às 11:54

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A candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), reforçou o discurso de não voltar ao passado com PSDB, em evento com milhares de militantes, artistas, ao lado do ex-presidente Lula, de ministros e diversos quadros do PT e de partidos de apoio. "É disso que estamos tratando, de não deixar eles voltarem, não deixar que volte esse tipo de política, que olha para o País de forma irresponsável", disse a petista. "Eles nunca nos aterrorizaram, nem nunca nos aterrorizarão", afirmou ela, sobre o PSDB.

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No discurso, feito em um teatro na capital paulista, Dilma bateu seguidamente na tecla da crise hídrica que atinge o Estado. Disse que o caso mostra a visão contra o planejamento e postura de irresponsabilidade com o abastecimento, mais fundamental para a população que a eletricidade.

Dilma argumentou que o PT, no governo federal, preparou o País para prover energia e evitar a volta do racionamento, ocorrido no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), enquanto os tucanos em São Paulo não se precaveram para garantir o abastecimento de água. "Eles, quando foram governo, deixaram esse País às escuras porque não planejaram, porque fizeram aquela privatização maluca, olharam o País e não viram os interesses conjuntos da população, viram interesses de alguns grupos econômicos. No caso da água, é a crônica de uma morte anunciada", afirmou. "A incapacidade de gestão absolutamente às claras de um grupo político que pretende dirigir o pais, que pretende, porque nós não vamos deixar", emendou.

A candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), reforçou o discurso de não voltar ao passado com PSDB (Foto: Romildo de Jesus/Futura Press/Estadão Conteúdo)

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Dilma lembrou a Copa do Mundo, repetindo o discurso de que havia uma visão pessimista sobre a capacidade do País em sediar o evento, sustentado pela mídia. Associou também a crise hídrica à incapacidade do candidato tucano Aécio Neves em conduzir a economia. "Eles fazem com a água o que fizeram com a questão do emprego. Eles cunharam o conceito que chamavam de empregabilidade, tem gente que tem empregabilidade, tem gente que não tem empregabilidade", ironizou.

A petista criticou também a política econômica do PSDB, que, segundo ela, justifica o desemprego e a redução de salários em nome dos "ajustes adequados". Ela afirmou que, em 2002, antes do governo Lula, o Brasil tinha a segunda maior taxa de desemprego do mundo, com 11,4 milhões de desempregados, e só perdia para a Índia. "Esse pessoal que planta inflação para colher juros é que está na oposição."

Dilma associou à oposição também a forte oscilação que tem vivido o mercado financeiro nesse período eleitoral. Dilma criticou também a visão de comércio internacional dos tucanos e disse que eles são "capazes de menosprezar o Mercosul e a América Latina".

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Ao falar da Copa e da visão pessimista que avalia guiar a oposição, Dilma disse também que essa é a marca de governar do PSDB. "Tem que acabar com a mania que eles têm de nos condenar, literalmente sempre, como se tivessem esse poder, de dizer que o Brasil é uma catástrofe, que o Brasil não vai dar certo. Não é só para criar barreiras contra nós, é porque eles pensam o Brasil pequeno mesmo."

Em meio às críticas, a presidente brincou com a palavra "estarrecedor", que virou um jargão seu. Ela lembrou a frase "nunca antes nesse País" que virou marca de Lula, justificando a sua escolha. "O nível de desqualificação do Brasil é estarrecedor. E eu uso estarrecedor, porque meu caso é de estarrecimento mesmo."

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