Política

Ao comentar crise política, Temer diz que não apaga "incêndio com gasolina"

Em seu segundo dia de palestras em Nova York, Temer falou na American Bar Association, seção da Ordem de Advogados, sobre os desafios institucionais e a coordenação política no Brasil

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 21/07/2015 às 17:01

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O vice-presidente e articulador político do governo Michel Temer disse hoje (21) que os partidos de oposição não devem ser contrários ao governo apenas porque perderam a eleição. “[Os partidos] devem opor-se com uma questão de mérito, não é se opor simplesmente porque perdeu a eleição. No Brasil sempre foi assim. Quem perdeu a eleição acha que tem que contestar. O sistema jurídico impõe que a oposição fiscalize, observe, contrarie. Os que são oposição hoje, foram situação no passado e poderão vir a ser situação no futuro”, destacou.

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Em seu segundo dia de palestras em Nova York, Temer falou na American Bar Association, seção da Ordem de Advogados, sobre os desafios institucionais e a coordenação política no Brasil. Lembrou que assumiu a articulação política em um momento “um pouco complicado da economia brasileira”. “A coordenação política requer construir as condições para a governabilidade e implica diálogo com o objetivo de ouvir demandas, acomodar interesses e somar contribuições. Não me peçam para apagar incêndio com gasolina. Eu apago incêndio com água”, frisou o vice-presidente.

Quem perdeu a eleição acha que tem que contestar. O sistema jurídico impõe que a oposição fiscalize, observe, contrarie (Foto: Divulgação/Anderson Riedel)

Após a palestra, perguntado sobre a crise política no país depois do anúncio do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de rompimento com o governo da presidenta Dilma Rousseff, o vice-presidente reafirmou que a divergência de Cunha é de natureza pessoal e não representa a posição atual do partido.

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“Não significa uma crise institucional. Pode ocorrer que o PMDB resolva deixar o governo especialmente se, em 2018, pretender ter uma candidatura presidencial. Mas vai fazê-lo singelamente, suavemente, como uma questão política e não uma questão de atrito pessoal”, afirmou.

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