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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira, 23, que o racionamento de água em São Paulo traria "sacrifício" para a população. O tucano fez a declaração após ser perguntado se a política de multas para quem gastar mais água do que antes não deveria ser adotada depois do rodízio. Ainda segundo o governador, é a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) que decidirá como e quando a multa será aplicada.
"O racionamento é que nós devemos evitar, porque ele impõe sacrifício para a população mais pobre. E ele impõe também perdas, porque você zera a pressão. Quando a água volta, às vezes estouram tubulações, então você também tem perdas", afirmou Alckmin depois de entregar estações reformadas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em Itapevi, na Grande São Paulo.
Não foi dado um prazo para que a multa seja aplicada, embora inicialmente o governo tenha falado em dar início a essa política em maio, para possível pagamento da multa em junho. "Tem que ter o ônus, para evitar que o consumo cresça. O que está provado? Que dá para ter uso racional da água se precisar aumentar consumo. Não pretendemos arrecadar um centavo. O objetivo não é arrecadatório, mas estimular as pessoas a não ter aumento de consumo. Se todo o mundo ajudar, não vai faltar", disse o dirigente.
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Questionado sobre a legalidade da aplicação da multa, Alckmin afirmou que é a agência reguladora que vai definir. "E a questão jurídica? A Arsesp, que é a agência reguladora, é que vai decidir. E a Sabesp implanta. Existe um decreto federal que diz que quando você tem um momento de stress hídrico e problema de falta da água, você pode ter alterações tarifárias."
O governador também negou que durante sua gestão tenha faltado investimento para evitar a crise hídrica. "Nós investimos R$ 9,2 bilhões nesses últimos anos. Aumentamos a produção de água para uma cidade de 5,5 milhões de pessoas."