Lula e Alckmin / Ricardo Stuckert/Facebook/Lula
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O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo Planalto, descartou nesta terça (13) assumir o Ministério da Economia em caso de vitória nas eleições em outubro.
Ao ser questionado em Belo Horizonte (MG) sobre comandar a pasta, ele respondeu que não, afirmando que sua tarefa é ser copiloto.
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"Já fui vice do governador Mário Covas, em São Paulo, e vice é copiloto. A tarefa é ajudar, colaborar no conjunto do governo", declarou durante conversa com repórteres.
Nos últimos dias, integrantes do entorno da campanha de Lula cogitaram a possibilidade de Alckmin assumir o Ministério da Economia.
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Segundo a agência Reuters, a escolha do ministro será feita por Lula apenas após as eleições –em caso de vitória da dupla, que lidera as pesquisas de opinião–, buscando refletir as alianças costuradas para a candidatura.
Peça-chave na campanha como um fiador da moderação política e fiscal que o ex-presidente petista quer sinalizar, Alckmin tem sido interlocutor de representantes de vários setores econômicos. Ex-opositor histórico de Lula –concorreu contra o petista pelo Planalto em 2006–, o ex-tucano é bem-visto por empresários e pelo mercado financeiro por ser identificado como uma voz mais ao centro do espectro político.
Pesa contra uma possível indicação a estatura política e o acúmulo de cargos do ex-governador. Se Alckmin for de fato alçado ao comando da Fazenda em caso de vitória nas urnas, o arranjo pode ser politicamente mais complicado de ser desfeito. Em caso de insatisfação, retirá-lo abriria crise numa pasta crucial e envolvendo um já poderoso vice, também lido como lastro da responsabilidade fiscal.
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Não seria a primeira vez, contudo, que Lula teria um vice-presidente ocupando um posto na Esplanada dos Ministérios –ainda que numa pasta bem menos sensível que a Fazenda. O líder empresarial José Alencar, vice do petista em seus dois mandatos na Presidência entre 2003 e 2010, foi seu ministro da
Defesa por pouco mais de um ano no primeiro mandato, tendo deixado o cargo para se candidatar nas eleições seguintes.
Antes de chegar a Belo Horizonte, Alckmin cumpriu agenda no interior do estado. Pela manhã, se encontrou com empresários do setor de turismo em Poços de Caldas, no sul de Minas.
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À tarde, teve nova reunião com empresários, dessa vez setor de agropecuária, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
Os dois encontros no interior, assim como ocorreu em Belo Horizonte, tiveram a participação do candidato do PSD ao governo do estado, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.
Na capital, os candidatos visitaram a Santa Casa de Misericórdia. Está prevista ainda reunião com representantes de movimentos sociais.
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