Política

Alckmin não descarta punir quem exceder uso da água

O governador preferiu, no entanto não usar a palavra "multa". "A Arsesp está estudando a questão de você ter um 'plus' para quem estiver acima da média, mas não é ainda uma decisão"

Publicado em 02/12/2014 às 15:49

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Depois de inaugurar obras para melhorias no abastecimento de água, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que a possibilidade de implementar multas para os usuários que usam água de forma excessiva continua em estudo pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp) e pela Procuradoria Geral do Estado. O governador preferiu, no entanto não usar a palavra "multa". "A Arsesp está estudando a questão de você ter um 'plus' para quem estiver acima da média, mas não é ainda uma decisão."

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Questionado pelo Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, sobre se era politicamente favorável à medida, Alckmin respondeu que pessoalmente é contra o gasto excessivo, mas disse que a questão ainda precisa ser analisada juridicamente. Atualmente, o governo estadual trabalha com faixas de economia de água que rendem descontos para o usuário na conta.

O secretário de Recursos Hídricos, Mauro Arce, que também participou da inauguração, disse que o governo tem dado preferência em trabalhar com o conceito de bônus e com estímulo à economia que com o conceito de punição. "Estamos acreditando nas pessoas e não é sem razão, porque o resultado tem sido positivo", disse.

 Alckmin respondeu que pessoalmente é contra o gasto excessivo, mas disse que a questão ainda precisa ser analisada juridicamente (Foto: Divulgação)

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Inauguração

O governador e Arce, ao lado da presidente da Sabesp, Dilma Pena, inauguraram hoje uma série de obras que somam R$ 152,1 milhões em investimentos. A principal é a ampliação da vazão do sistema Guarapiranga de 14 mil litros por segundo para 15 mil litros por segundo, por meio de um sistema de ultrafiltração. Segundo o governador, isso permitirá que 300 mil pessoas deixem de ser abastecidas pelo Sistema Cantareira, o principal atingido pela estiagem, e passem a ser atendidas pelo Guarapiranga. "Daqui a pouco, o Guarapiranga vai passar o Cantareira", disse Alckmin.

A redução do uso do Cantareira foi uma das soluções acordadas pelo governo estadual com a Agência Nacional de Águas (ANA) para liberar o uso do segundo volume morto do sistema. Considerando a segunda reserva técnica, o Cantareira opera nesta terça-feira com 8,5% da sua capacidade.

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