Política

Alckmin mostra irritação com protesto de funcionários públicos

O governador pediu desculpas às 200 pessoas presentes e lembrou o ex-governador Mario Covas, que enfrentou "um protesto bravo de professores na Praça da República"

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 31/07/2015 às 13:41

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), enfrentou protesto de funcionários públicos do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) e de professores da rede estadual na abertura da Feira de Agricultura Familiar, em Lençóis Paulista, a cerca de 300 quilômetros da capital. O governador ficou muito irritado com os gritos dos manifestantes durante seu discurso.

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Alckmin pediu desculpas às 200 pessoas presentes e lembrou o ex-governador Mario Covas, que enfrentou "um protesto bravo de professores na Praça da República". "Eu quero pedir desculpas pelo constrangimento gerado", disse. "Primeiro vou dizer quem são eles: são aqueles que bateram no Mário Covas, doente e com câncer, no protesto há anos na Praça da República. São da Apeoesp (Associação dos Professores do Estado de São Paulo), querem receber sem trabalhar e querem receber o dinheiro suado dos trabalhadores de São Paulo", afirmou, aos gritos. Antes, Alckmin havia agradecido aos integrantes do Itesp por fazerem protestos "civilizados". Neste ano, os professores fizeram a greve mais longa da história e cobram o governo a proposta para o dissídio.

Cerca de 30 funcionários do Itesp presente reivindicaram reajuste de 6,6 % nos salários, já negado pelo governo estadual (Foto: Edson Lopes Jr)

Os professores continuaram seguindo o governador pela feira e protestando. Uma professora, Tatiana Nunes, de uma escola estadual de Bauru, carregava um boneco do Pinóquio com o nome de Geraldo Alckmin, com dizeres: "Geraldo Alckmin mente". Ela disse que "vai dar aulas diariamente, enfrentando os alunos, sem condições materiais e pedagógicas para isso".

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Não havia no lugar nenhum representante da Apeoesp. Cerca de 30 funcionários do Itesp presente reivindicaram reajuste de 6,6 % nos salários, já negado pelo governo estadual. Segundo a nota do administração do Estado, o reajuste não é possível "por causa do cenário econômico atual e pelas restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal". *Especial para a Agência Estado.

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