Política
A presidente da Sabesp, Dilma Pena, admitiu em uma reunião interna da companhia que seus "superiores" barraram ações na mídia para estimular a população de São Paulo a economizar água
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O governo de São Paulo negou, por meio de nota, que tenha vetado qualquer alerta sobre a crise hídrica vivida no Estado e diz que cabe a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) esclarecer "o sentido das frases gravadas e vazadas seletivamente a dois dias das eleições".
A presidente da Sabesp, Dilma Pena, admitiu em uma reunião interna da companhia que seus "superiores" barraram ações na mídia para estimular a população de São Paulo a economizar água. Em áudios obtidos pelo jornal O Estado de S.Paulo, a executiva diz que gostaria de informar aos paulistas "reiteradamente" sobre a necessidade de consumo racional, mas que teria de seguir orientação contrária.
A assessoria do governador Geraldo Alckmin (PSDB) ressalta que ele "concedeu mais de uma centena de entrevistas coletivas, desde fevereiro, para salientar a gravidade da maior seca já registrada na história". "Cabe à Sabesp, empresa autônoma da administração indireta, composta por uma diretoria e um conselho de administração, esclarecer as circunstâncias e o sentido das frases gravadas e vazadas seletivamente a dois dias das eleições", diz a nota.
Nos áudios, a presidente da Sabesp diz ainda estar ciente de que a estratégia de comunicação é equivocada. Na gravação, a palavra "erro" é repetida quatro vezes ao se referir à falta de divulgação. "Tenho consciência absoluta e pauto as pessoas com quem eu converso sobre esse tema, mesmo os meus superiores", insistiu.
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