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O governador Geraldo Alckmin (PSDB), que disputa a reeleição, foi o único entre os principais candidatos ao governo de São Paulo que não assinou ontem documento em que se comprometeria a estabelecer metas de atuação da gestão, divulgar o andamento dos trabalhos e prestar contas à sociedade. A Carta de Compromisso proposta pela Rede Nossa São Paulo foi assinada por Alexandre Padilha (PT), Gilberto Maringoni (PSOL), Paulo Skaf (PMDB) e Gilberto Natalini (PV).
O ato ocorreu durante evento no Sesc Consolação, na região central, em que a Rede Nossa São Paulo apresentou resultados de uma pesquisa realizada em parceria com o Ibope sobre a mobilidade urbana na capital paulista. Padilha e Maringoni discursaram. Alckmin, Skaf e Natalini não foram ao evento, mas os dois últimos enviaram a carta assinada.
Ao referendar o documento, os candidatos se comprometem a, por exemplo, apresentar nos primeiros 120 dias de governo um plano de trabalho com as diretrizes, os objetivos, os indicadores quantitativos e as metas para cada setor da administração. Assumem também a responsabilidade de divulgar prestações de contas sobre o andamento dos trabalhos até três meses após o final de cada ano da gestão - além de informar, cinco meses antes do fim do mandato, quais projetos em curso deixará para seu sucessor.
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A carta também compromete o candidato a apoiar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe transformar em obrigação legal a elaboração e o cumprimento de um plano de metas para o Poder Executivo nas três esferas - municipal, estadual e federal. A PEC, de autoria do deputado Luiz Fernando Machado (PSDB-SP), está pronta para ser votada em plenário na Câmara dos Deputados. “Geraldo é um homem que tem responsabilidade e tenho absoluta confiança que ele vai cumprir suas promessas de campanha”, disse Machado, depois de reclamar da “saia-justa” ao ser informado pelo Estado que o governador não assinou a carta de compromisso.
O coordenador da campanha de Alckmin, deputado Edson Aparecido (PSDB-SP), disse que o governador vai assinar a carta. Segundo ele, Alckmin se comprometeu com documento semelhante em 2010 e não o fez ontem porque foi informado de que se tratava apenas de um evento sobre mobilidade. O coordenador executivo da Nossa São Paulo, Maurício Broinizi, contestou. “Entramos em contato dezenas de vezes com as assessorias dos candidatos e os informamos sobre a assinatura do documento. E enviamos a carta a todos os candidatos.”
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