Política
"Não existe uma meta específica. O que existe é o que se deseja. O que se deseja é a redução do desperdício e o uso racional da água. E até agora foi muito bem sucedido esse trabalho", afirmou
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O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) voltou a descartar na manhã desta segunda-feira, 25, a possibilidade de rodízio de água e disse que não há meta para redução de consumo. "Não existe uma meta específica. O que existe é o que se deseja. O que se deseja é a redução do desperdício e o uso racional da água. E até agora foi muito bem sucedido esse trabalho", afirmou durante entrega de dois reservatórios em Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo.
O jornal O Estado de S.Paulo revelou nesta segunda que, após quatro meses de vigência, a multa da água lançada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) teve até agora um impacto sobre a redução "espontânea" do consumo na Grande São Paulo 44% menor do que a meta anunciada pelo governo Alckmin.
A multa entrou em vigor no dia 8 de janeiro, após a aprovação da agência reguladora do setor e em meio a críticas de entidades de defesa do consumidor. Passados quatro meses, a economia de água em abril subiu 1,4 mil l/s, chegando a 6,2 mil l/s, ou seja, ainda 1,1 mil l/s abaixo da meta.
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Questionado se o rodízio está descartado, Alckmin foi cauteloso. "Acho que sim. A gente nunca pode dizer que uma coisa é absoluta", disse. "Mas eu diria que todo o trabalho que foi feito de integração dos sete sistemas de abastecimento de água de São Paulo, mais a economia da população e mais as obras que estão ficando prontas, tudo isso no conjunto descarta o rodízio".
Alckmin afirmou que a população não relaxou em relação à economia de água em função do bônus, que está mantido. "O bônus continua. Está mantido o bônus. Acho até que pode cair um pouco mais o consumo no inverno. Na medida em que a temperatura cai, reduz um pouco o consumo." Segundo dados apresentados pelo governador, o programa de incentivo reduziu o consumo de 3,9 metros cúbicos por segundo em agosto do ano passado para 6,2 m³/s em abril.
CPI da Sabesp
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Após nove meses de comissão, marcados por disputas partidárias e bate-boca, os vereadores da CPI da Sabesp na Câmara Municipal de São Paulo sugerem que a fiscalização dos serviços prestados pela companhia e o controle dos reajustes na conta de água devem ser feitos por uma autoridade municipal, e não pela agência reguladora vinculada ao governo do Estado, maior acionista da concessionária.
O governador disse que vai avaliar a possibilidade de transferência de atribuições, mas reforçou que a agência reguladora estadual "está funcionando bem". "Nós já temos um órgão regulador, que é a Arcesp, que regula saneamento e energia. Não conheço a proposta, mas a rigor você já tem (agência reguladora). Ela está funcionando, e funcionando bem. É preciso avaliar", disse.