Alckmin cita Covas, ao dizer que SP não vai virar as costas para Brasil

O governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), repetiu, durante discurso na Assembleia Legislativa, palavras de seu antecessor à frente do Palácio dos Bandeirantes, ex-governador Mário Covas, morto em 2001. "São Paulo não pode esperar um dia, um minuto, para oferecer ao País a sua parcela de luta", disse. "São Paulo não vai virar as costas para o Brasil", completou, concluindo sua fala ao plenário. Mais cedo, ele, que está no quarto mandato, havia afirmado que era "com muita alegria" que voltava à Casa a qual "devo boa parte da minha bagagem".

O governador também destacou números dos últimos quatro anos na liderança do Estado, dizendo que "muito avançamos, mas temos trabalho hercúleo à frente".

Pouco depois das 10h30, Alckmin fez um juramento e foi empossado governador de São Paulo. O vice-governador Márcio França (PSB) foi empossado logo em seguida.

Alckmin afirmou, ainda, que o Estado de São Paulo foi pioneiro na adoção de parcerias público-privadas (PPPs). O governador disse que atualmente existem 12 PPPs contratadas, com investimento total de R$ 33 bilhões. "Reconheço o esforço essencial para que São Paulo fosse exemplo de parcerias frutíferas com o setor privado", afirmou ele aos integrantes da Assembleia Legislativa de São Paulo.

Alckmin citou obras realizadas e em andamento na área de transportes, como as linhas 4 e 6 do metrô da cidade de São Paulo. Segundo o governador, ainda no tema concessões, o Estado detém nove das dez melhores rodovias do País.

No discurso, Alckmin frisou que São Paulo foi o primeiro Estado a adotar o modelo de gestão de saúde e cultura por Organizações Sociais (OS). "São serviços públicos, sem necessariamente ser estatais", disse.

Em seu discurso, o governador reeleito de São Paulo citou avanços do Estado nas áreas de saúde, segurança e educação. Segundo o Alckmin, entre as 100 cidades mais violentas do mundo, 11 estão no Brasil mas nenhuma fica no Estado de São Paulo. Ele apontou que houve uma redução da taxa de homicídios, para 10 a cada 100 mil habitantes.

Alckmin disse que o Estado tem a melhor rede de ensino técnico e tecnológico do Brasil e lembrou que o número de Faculdades de Tecnologia (Fatecs) aumentou de 8, em 1999, para 63. Segundo ele, o número de Escolas Técnicas (Etecs) também aumentou, de 99 para 218.

Na área de saúde, Alckmin apontou a queda de 57% na taxa de mortalidade infantil, desde 1995. Além disso, disse que "entre 1993 e 2012, a expectativa de vida ao nascer aumentou mais de 6 anos, para 75,3 anos".

Esta é a quarta vez que Alckmin assume o governo paulista. Ele comandou o Estado de 2001 a 2002, após a morte de Mário Covas (PSDB), de 2003 a 2006 e de 2011 a 2014.