Política

Alckmin alfineta presidente e cobra mais verba a metrôs

O tucano rebateu as críticas feitas pela presidente Dilma Rousseff, que na quarta-feira, 31, ao lado do prefeito Fernando Haddad, anunciou uma série de investimentos federais na capital

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 01/08/2013 às 21:13

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Um dia depois de a presidente Dilma Rousseff decidir que vai derrubar amarras fiscais para que Estados e municípios gastem mais com transporte público, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), cobrou maior participação da União nos investimentos nos metrôs do País.

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"É importante a participação do governo federal. Nós poderíamos ter mais obras. Em todos os grandes metrôs do mundo há grande participação do governo federal", alfinetou Alckmin durante inauguração de uma escola na zona leste da capital paulista nesta quinta.

O tucano rebateu as críticas feitas pela presidente Dilma Rousseff, que na quarta-feira, 31, ao lado do prefeito Fernando Haddad, anunciou uma série de investimentos federais na capital e disse não ser possível uma cidade como São Paulo viver transporte metroviário. Atualmente, disse o governador, a maior parte do aporte financeiro da União vem por meio de financiamentos, e não a fundo perdido.

O Metrô informou que o governo federal destinou R$ 400 milhões a fundo perdido para obras de cinco linhas na gestão Alckmin, cujo orçamento total é de R$ 22 bilhões. O metrô na capital paulista tem 74 km.

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O governador Geraldo Alckmin rebateu as críticas feitas pela presidente Dilma Rousseff (Foto: Divulgação)

Projetos futuros

O governador disse ser positivo o governo federal investir em corredores de ônibus, mas voltou a alfinetar a presidente ao enfatizar que o Estado apresentou à União seis projetos de investimento na linha metroviária e em dois corredores de ônibus, com verba federal, que totalizariam R$ 10,8 bilhões. Alckmin afirmou que já encaminhou a demanda para a União.

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Haddad disse que ainda vai avaliar a proposta em estudo pelo Palácio do Planalto (de não incluir projetos de mobilidade urbana nos cálculos de endividamento) com sua equipe. "Se for na linha do que é feito com saúde e educação, eventualmente pode funcionar." Segundo o prefeito, o assunto não foi tratado na visita de Dilma à capital.

"Seria interessante se a gente pudesse usar esse recurso para a compra de ônibus. Por causa dos limites de endividamento, não podemos investir nisso na proporção que gostaríamos", explicou o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.

Mais créditos

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O secretário da Fazenda de Pernambuco, Paulo Câmara, considerou positiva a intenção da presidente de flexibilizar as regras atuais para que governantes aumentem investimentos em mobilidade, mas ponderou: "Ao mesmo tempo em que se flexibiliza limites, deve-se disponibilizar mais linhas de crédito". Pernambuco tem cinco obras de mobilidade em andamento, o que representa um total de R$ 733 milhões.

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), disse ser "importante" a decisão da União, mas alerta que "todos os financiamentos destas obras, os novos e os já existentes" deveriam sair do limite de endividamento.

"A notícia é boa , mas há outro fator, que é a capacidade de pagamento, que deve ser ponderado a cada operação", avaliou o secretário de Gestão de Porto Alegre, Urbano Schmitt.

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