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O presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), sugeriu ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que ele deixe o cargo para reunir apoio para manter ao menos o seu mandato parlamentar.
A reportagem apurou que os dois conversaram nesta semana sobre as suspeitas que pesam contra o peemedebista.
O PSDB tem sido cobrado por não se posicionar sobre as acusações que pesam sobre o presidente da Câmara pelo fato de estar aliado a Cunha na operação para tentar deflagrar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Cunha foi acusado de corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato. Nesta quinta (8), a Procuradoria-Geral da República confirmou à Câmara que o deputado tem contas secretas na Suíça, apesar das negativas do peemedebista.
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Um dos argumentos pró-afastamento que circula entre tucanos é o de que, ao abrir mão do comando da Câmara, o peemedebista se igualaria aos demais parlamentares citados na Lava Jato. Assim, não haveria motivo para priorizar o seu caso.
Essa deve ser a tese defendida pelo PSDB caso Cunha se afaste: é preciso esperar, para todos os citados, uma condenação judicial. Internamente, o PSDB tem discutido se mantém ou não o apoio a Cunha, que é essencial para deflagrar o processo de impeachment.
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Apesar da confirmação de Janot, o líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP), afirmou que é preciso esperar que a Procuradoria divulgue provas de que o deputado tem contas na Suíça.
Aliados de Cunha compartilham da ideia do afastamento do peemedebista, mas alguns dizem que o deputado demonstra intenção de resistir no posto até o fim.
Cunha e Aécio negaram a conversa. "Não falo com Aécio faz tempo. É informação infundada", afirmou o presidente da Câmara. Aécio disse que não fala pessoalmente com Cunha há semanas.
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