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O senador Aécio Neves (PSDB-MG) rebateu as críticas do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência República, Gilberto Carvalho, que, durante um evento oficial no Palácio do Planalto, nesta terça-feira, chamou o tucano de "playboyzinho".
"Os termos que o ministro usou para se referir a um senador da República e presidente de um partido de oposição só reflete a sua baixa estatura política. Depois de 12 anos como ministro de Estado, a principal marca da sua biografia será sempre o seu envolvimento com as graves denúncias de corrupção na Prefeitura de Santo André, que culminou com o assassinato do prefeito ainda hoje não esclarecido", disse Aécio, se referindo ao caso do petista Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002.
Na época, Carvalho era braço direito de Celso Daniel. Segundo o Ministério Público de São Paulo, a morte do então prefeito foi encomendada após a descoberta de um suposto esquema de corrupção. Já a Polícia de São Paulo concluiu que houve um crime comum. Na manhã desta terça, Carvalho, sem citar o nome de Aécio afirmou que "morria de medo do playboyzinho ganhar a eleição". A declaração foi dada durante uma cerimônia em que foram assinados convênios com 21 associações e cooperativas de agricultura orgânica.
Segundo Aécio, Carvalho devia sentir "medo" porque, se ele tivesse vencido as eleições, iria acabar com a corrupção e com "as boquinhas do PT". O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), que foi vice da chapa de Aécio, também rebateu as críticas. O tucano chamou Carvalho de "cafajeste" e disse que a atitude do ministro demonstrava o "baixo nível do governo" da presidente Dilma Rousseff.
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