Política

Aécio diz que única arma nos protestos de domingo será a Constituição

O tucano disse que a resposta dele é que as manifestações contra o governo serão pacíficas. Ele está em Maceió, onde lança uma campanha nacional de filiação ao PSDB

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 14/08/2015 às 14:20

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O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, criticou na manhã desta sexta-feira (14) a declaração do presidente da CUT, Vagner Freitas, sobre um possível uso de armas contra quem tentar derrubar a presidente Dilma Rousseff.

O tucano disse que a resposta dele é que as manifestações contra o governo marcadas para este domingo (16) serão pacíficas.

"Eu quero dizer ao presidente da CUT, e principalmente aos brasileiros, que nós não vamos nos entrincheirar, nós vamos de cabeça erguida para as ruas de todo o Brasil e levando, como nossa única arma, a Constituição do Brasil", afirmou.

Aécio está em Maceió, onde lança uma campanha nacional de filiação ao PSDB.

Nesta quinta (13), em evento no Palácio do Planalto, o líder sindical afirmou que os entusiastas do impeachment são "golpistas". Se for preciso, segundo ele, os movimentos sociais irão às ruas "com arma na mão, se quiserem tentar derrubar a presidente Dilma".

"O que se vende hoje no Brasil é a intolerância, o preconceito de classe contra nós. Somos defensores da construção de um projeto nacional de desenvolvimento para todos e todas. Isso implica ir para a rua entrincheirados, com arma na mão, se quiserem tentar derrubar a presidente Dilma", disse Freitas.

Horas depois, o presidente da CUT disse, no Twitter, que referia-se às "armas da classe trabalhadora", que seriam "mobilização, ocupação das ruas e greve geral".

"Pegar nas armas é uma figura de linguagem que usamos em assembleias", disse.

Aécio Neves criticou a declaração do presidente da CUT (Foto: Divulgação/PSDB)

Horas depois da fala, Freitas disse, no Twitter, que se referia às "armas da classe trabalhadora", que seriam "mobilização, ocupação das ruas e greve geral".

Aécio Neves criticou ainda que a declaração de Freitas foi dada na sede do governo e na presença de Dilma.
"Vamos responder às tentativas de intimidação com nossa manifestação clara, pacífica, mas firme e corajosa, em defesa do Brasil", afirmou Aécio.

O tucano falou em Maceió, onde participou da abertura da campanha nacional de filiação do PSDB.

Respeito

Após a fala de Freitas, a presidente Dilma disse que não vê "nenhum problema" nos protestos contra o Planalto, mas que espera "respeito e honra" dos adversários e defendeu o diálogo contra a "pauleira".

"Se você não respeitar o resultado do jogo, você não pode entrar no jogo", declarou.

Citando a época em que lutou contra a ditadura no Brasil, a petista disse que não vai defender qualquer atitude contra as manifestações. "Não peçam para eu defender qualquer atitude contrária a qualquer manifestação, [por]que eu não defenderei jamais. Eu tenho que ter lealdade com a experiência histórica da minha geração. Eu sobrevivi".

"Diálogo é diálogo, pauleira é pauleira. Não faz parte do diálogo xingar a pessoa. Não pode chamar de diálogo a intolerância. Botar bomba em qualquer lugar não é diálogo", continuou Dilma, em referência aos ataques que uma médica do programa Mais Médicos sofreu nas redes sociais e à bomba caseira lançada contra o Instituto Lula há duas semanas.

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