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Em entrevista antes de iniciar uma caminhada pela orla de Copacabana, na zona sul do Rio, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, disse que a adversária Dilma Rousseff (PT) "evoluiu" ao admitir desvio de recursos na Petrobras, mas cobrou manifestação da presidente diante das denúncias do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa de que o tesoureiro do PT João Vaccari recebia dinheiro do esquema montado na empresa, que envolvia partidos e empreiteiras.
"É uma evolução, um avanço. Era isso (reconhecer o desvio) que eu cobrava dela (Dilma) em todos os debates. Quando lutamos para a abertura da CPI, diziam que era uma grande factoide. Reconheço que é um avanço da presidente admitir o que aconteceu, talvez um pouco tarde. Não vi até agora manifestação da presidente sobre o fato de o tesoureiro ter recebido (recursos desviados)", afirmou o tucano.
Apesar de as denúncias de corrupção na Petrobras terem sido tema recorrente de Aécio nos debates, o tucano fez um "convite" a Dilma para que, na última semana de campanha, sejam debatidas ideias e propostas. "Quero fazer um convite à nossa adversária para que possamos debater propostas, debater o que nos separa. Sou de uma escola política em que as ideias devem brigar, e não as pessoas", declarou o candidato.
Aécio pediu empenho dos aliados na reta final da campanha e acusou o PT de contratar cabos eleitorais no Vale do Jequitinhonha (MG) para espalhar "boatos" sobre o fim do Bolsa Família em caso de vitória do PSDB. Aécio reuniu para a caminhada em Copacabana o senador eleito José Serra (PSDB-SP), deputados de vários partidos, artistas como Ney Latorraca e Maitê Proença, o técnico vôlei Bernardinho e o ex-jogador Ronaldo, entre ouros.
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