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O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, voltou a dizer que uma política de estímulo ao etanol é uma das prioridades de sua plataforma. Para o candidato, o setor enfrenta “uma competitividade desleal com a Petrobras” e vem sendo penalizado pelos tributos e pela falta de infraestrutura adequada. O tucano participou do 13º Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio.
Na avaliação de Aécio Neves, o cenário atual levou os produtores de etanol à uma situação de vulnerabilidade econômica, ao citar que foram fechadas mais de 40 usinas e que dez estão em processo de liquidação judicial. Para tentar resgatar o setor, o candidato disse que pretende fazer “um choque de infraestrutura”, com o intuito de promover uma simplificação do sistema tributário e dar maior previsibilidade aos investidores.
Questionado sobre obstáculos para a ampliação das áreas plantadas por causa da necessidade de aval de órgãos ambientais e demarcação de terras indígenas, Aécio Neves disse que é necessário cumprir a legislação, mas que considera possível aumentar a produtividade. “Desde a década de 90, enquanto a área plantada aumentou 90%, a produção cresceu 220%”, apontou.
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O candidato disse que até próxima quarta-feira (6) deve decidir sobre o licenciamento do cargo de senador. E informou que vai devolver o dinheiro recebido pelo Senado relativo aos dias não trabalhados por causa da campanha eleitoral. “Eu caminho para me licenciar”, disse.
Sobre a reportagem da revista Veja de que ex-dirigentes da Petrobras tiveram acesso antecipado às perguntas que seriam feitas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, no Senado, o tucano informou que a questão está sendo tratada por seu partido, em Brasília. “Se comprovada a denúncia, isso é, absolutamente, grave”, avaliou ele. A revista informa ter tido acesso à uma gravação que mostra que as perguntas foram combinadas. No final de semana, a oposição disse que pretende apresentar pedidos de investigação da denúncia.
Em Brasília, ao ser questionado hoje (4) sobre o mesmo tema, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que "a denúncia não necessariamente é um escândalo, tem que ser verificada".
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