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O presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves (MG), criticou nesta quinta-feira, 11, os ataques feitos pela campanha da presidente Dilma Rousseff contra Marina Silva (PSB). A socialista está à frente do tucano nas pesquisas de intenção de voto, mas Aécio afirmou que não entra "no vale tudo para ganhar eleição".
"Não faço a ela (Marina) qualquer acusação do ponto de vista pessoal. Acho absolutamente inaceitável o tipo de acusação que ela recebe hoje da presidente Dilma. Não entro nesse campo, entro no campo político", declarou, referindo-se a programas da campanha do PT como o que comparou a socialista aos ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor.
Com relação ao "campo político", Aécio fez questão de pontuar o que considera incoerências do discurso adotado por Marina na atual campanha eleitoral em relação a sua postura diante de uma série de temas. "É preciso que saibamos, por exemplo, que a Marina candidata é a que abraça o agronegócio ou a aquela que propunha a proibição do cultivo de transgênicos no País. É a Marina que hoje defende a política econômica do PSDB, inclusive indo além do que imaginamos adequado como a autonomia do Banco Central, ou é a Marina que no PT lá atrás combateu o Plano Real e votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal", disse.
O senador também voltou a associar Marina ao PT, numa tentativa de se posicionar como "a mudança verdadeira em relação a tudo isso que está aí". "Vejo muitas semelhanças hoje no discurso da candidata Marina, que respeito pessoalmente, com o discurso da candidata Dilma quatro anos atrás. Até porque conviveram muito tempo juntas no próprio PT", salientou.
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Arrecadação
O fato de aparecer em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, segundo Aécio, não representou queda na arrecadação de sua campanha. Ele disse que caso isso tenha ocorrido, não foi "avisado". Mas frisou que sua campanha "não é rica", mas "vai bem" e será feita "dentro do planejado". E, apesar de ter arrecadado mais que o dobro da candidatura de Marina Silva, afirmou que "as doações estão indo de forma muito vigorosa para as outras candidaturas".
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De acordo com a segunda parcial da prestação de contas à Justiça Eleitoral, a campanha tucana arrecadou R$ 42 milhões, contra R$ 19 milhões arrecadados pelo PSB. Mesmo somados, os valores não chegam à metade dos R$ 123 milhões arrecadados até o momento pela campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff.