Política

Aécio: avanço do PIB não exprime retomada do crescimento

O presidente nacional do PSDB também destaca que o desempenho brasileiro é, no acumulado de três anos, "o menor entre as principais economias emergentes"

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 27/02/2014 às 18:39

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O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), divulgou nota nesta quinta-feira, 27, na qual afirma que o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, de 2,3% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), "não representa uma efetiva recuperação ou retomada do crescimento da economia brasileira". Aécio, provável candidato tucano ao Palácio do Planalto, também destaca que o desempenho brasileiro é, no acumulado de três anos, "o menor entre as principais economias emergentes".

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O IBGE divulgou na manhã desta quinta que a economia brasileira avançou 0,7% nos três últimos meses do ano passado, ante o trimestre imediatamente anterior. O resultado anual (2,3%) é maior do que a evolução do PIB em 2012 (1%) e menor do que o primeiro ano da presidente Dilma Rousseff (2,7%).

Na nota, Aécio também rebateu a afirmação do Planalto de que os analistas são muitas vezes pessimistas ao avaliar o cenário econômico brasileiro. "Ao contrário do que acusa o governo, os analistas sempre foram menos pessimistas do que os fatos", afirma o tucano. O senador mineiro argumenta ainda no texto que o desempenho da indústria no período "mal compensou" a queda do PIB industrial em 2012. "O quadro geral é de estabilidade, em um patamar muito aquém do que o país poderia e deveria estar", acrescentou.

Aécio Neves afirmou que o avanço do PIB não exprime a retomada do crescimento (Foto: George Gianni)

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Na mesma linha, ele diz que o avanço dos investimentos "quase não contrabalança" a queda registrada em 2012. "É ainda importante destacar que, quando se olha os números trimestrais, o crescimento do investimento se concentrou na primeira metade de 2013 e já perdeu fôlego no segundo semestre do ano", diz.

Aécio afirma ainda que o potencial de crescimento da economia foi reduzido e que isso "não pode ser mais 'terceirizado' e debitado na conta da crise internacional". "Representa queda estrutural do potencial de nossa economia em produzir um futuro melhor para os brasileiros, em função dos erros de política econômica que se acumulam nos últimos anos", conclui o senador.

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