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O veto da presidenta Dilma Rousseff ao projeto de lei que trata do fim da multa de 10% sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), paga pelo empregador na demissão sem justa causa, será apreciado daqui a um mês. Também ficou para ser votado posteriormente o veto a dispositivos da Medida Provisória (MP) 610, que trata do Programa Garantia-Safra no período 2011/2012. Na MP, o governo vetou o trecho acrescentado pelos parlamentares que torna hereditária a licença para exploração do serviço de táxis.
A decisão de não votar essas duas matérias hoje (20) foi unânime entre os líderes partidários da Câmara e do Senado e se baseou no fato de elas não estarem ainda trancando a pauta do Congresso Nacional. O acordo de procedimento entre os líderes estabelece que, nas sessões de votação de vetos, serão pautados apenas os itens que obstruem a apreciação de outras matérias.
O acordo foi coordenado pelos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e será observado em todas as votações de vetos, previstas para ocorreram mensalmente na terceira terça-feira de cada mês em sessão conjunta das duas Casas. A proposta foi aceita por partidos governistas e de oposição, que consideram positivo a criação de um critério de escolha sobre o que entrará na pauta. Com isso, o presidente do Congresso abre mão da sua prerrogativa de estabelecer a pauta de votações. “Esta é uma decisão tomada em respeito à Constituição e à autonomia do Congresso Nacional”, disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP).
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Dessa forma, ficou definido que serão apreciados na sessão conjunta de hoje os vetos às medidas provisórias que desoneram produtos da cesta básica e da que trata do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) com a extensão do Programa Universidade para Todos (ProUni) para as instituições municipais de ensino superior, além dos projetos de lei que tratam do Ato Médico e do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
Apesar do entendimento sobre o procedimento para votação, os líderes não fecharam acordo sobre o mérito dos vetos. O governo, no entanto, recomendou que os temas referentes a esses artigos vetados sejam melhor discutidos em projetos de lei a serem enviados posteriormente pelo Executivo ou apresentados pelos próprios parlamentares. “A orientação do governo é que possamos ocupar as lacunas deixadas pelos vetos com projetos de lei e, dessa forma, votarmos pela manutenção dos vetos agora”, disse o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI).
A sessão de votação dos vetos está marcada para as 19h. Diversos manifestantes favoráveis e contrários aos vetos que entrarão na pauta ocupam o Salão Verde da Câmara e as dependências externas do Congresso esta tarde. Eles pretendem continuar os protestos até o fim da sessão.
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