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Candidata derrotada no primeiro turno da última eleição presidencial, a ex-senadora Marina Silva afirmou nesta sexta-feira, 26, que o agravamento da crise econômica ocorreu por "ações erráticas praticadas pelo atual governo".
"Todas as vezes em que promessas mirabolantes são feitas e não são cumpridas, há uma tendência para o retrocesso. Aqueles que prometem o céu e entregam menos que as montanhas acabam contribuindo muito para que os retrocessos aconteçam", disse ela em rápida entrevista após palestra na Câmara dos Vereadores do Rio.
A ex-senadora, que foi homenageada com uma medalha, disse que aguarda o registro da Rede para contribuir com o que chamou de "atualização da política". "Se fala muito de reforma política, mas ela não vai ser primeiro das estruturas. A reforma tem que ser das posturas", declarou. Ela não quis falar de eventual nova candidatura. "Isso eu não sei. Vou participar do processo político como cidadã em 2016, mas ainda não sei como será minha contribuição, se na militância, com candidatura ou sem."
Para Marina, o quadro atual do País é de "profunda gravidade". "Eu dizia repetidas vezes que o atraso na política ia nos levar a perder o pouco que ganhamos e a oportunidade de fazer avanços. Esse é um momento que requer de nós muita responsabilidade. Olhar os problemas no mérito. Não simplesmente olhar para a crise e ver qual é a vantagem que se pode tirar. É que importa é como resolver a crise", disse.
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"Fico muito preocupada por ver movimentos na lógica de recuperar a popularidade. Tem que recuperar é a credibilidade. Isso se recupera dando as respostas que o Brasil precisa. Resolver os problemas que a sociedade está enfrentando. Juros altos, inflação, perda do emprego por milhares de pessoas. O ajuste deveria ter uma cara voltada para sair da crise com uma estrutura melhor do que essa que temos."
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