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Diante da crise política e econômica que acomete o Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff recebeu presidentes de partidos aliados e líderes da base de sustentação de seu governo para um churrasco no Palácio da Alvorada na noite desta segunda-feira (3).
Dilma usou o encontro de quase três horas como um aceno à base no fim do recesso parlamentar e fez um apelo para que deputados e senadores a ajudem a impedir a aprovação das chamadas pautas-bomba no Congresso.
A presidente elogiou a base aliada e agradeceu a aprovação das medidas do ajuste fiscal, mas frisou que é preciso continuar com "responsabilidade fiscal".
De acordo com relato de congressistas, a presidente fez um apelo para que todos trabalhem pela prosperidade do país e sinalizou a intenção de retomar relações com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje rompido com o governo.
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"Ela disse que está disposta a fazer um entendimento em prol do país. Falou de forma genérica, mas entendi que ela está na [linha da] paz", afirmou o deputado Rogério Rosso (DF), líder da bancada do PSD.
O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), confirmou que Dilma chamou os líderes para o diálogo com o governo e que se colocou à disposição para negociar, embora tenha apelado para que não haja aprovação de projetos que aumentem os gastos públicos. "Pareceu uma reunião de abertura de semestre, bem tranquila e descontraída".
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Dilma disse compreender as ideias diferentes de cada parlamentar, mas destacou os assuntos que oneram a economia, aos quais pediu atenção. Conforme o relato de Sibá, ela pediu que os deputados não votassem como "cordeirinhos enfileirados".
Entre os projetos que o governo teme está o que eleva o rendimento dos saldos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) a partir de 2016, medida considerada pelo Planalto como mortal para o financiamento habitacional, que usa recursos do fundo. O projeto é patrocinado por Eduardo Cunha.
Além das lideranças governistas do Congresso, também estavam presentes os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante; da Defesa, Jaques Wagner; da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha; da Fazenda, Joaquim Levy; da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo; da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos; da Agricultura, Kátia Abreu; das Cidades, Gilberto Kassab; e da Integração Nacional, Gilberto Occhi.
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Segundo a reportagem apurou, evitou-se falar da Operação Lava Jato e da nova prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. A ordem de Dilma é que ninguém do governo saia em defesa pública do petista.
A presidente não quer que os novos desdobramentos da Lava Jato contaminem sua agenda de governo. Apesar dos acontecimentos áridos no cenário político, Dilma quis transmitir tranquilidade aos presentes.
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