Política

1/3 de deputados do PMDB quer romper com PT

Dilma Rousseff convocou uma reunião a fim de definir parte dos palanques regionais e tentar aplacar a crise com os peemedebistas. A presidente deve encontrar um partido rachado

Publicado em 08/03/2014 às 11:19

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Dilma Rousseff convocou uma reunião para amanhã a fim de definir parte dos palanques regionais e, assim, tentar aplacar a crise com o PMDB. A presidente deve encontrar um partido rachado. Ao menos um terço dos deputados peemedebistas considera a relação com o governo insustentável e prefere um desfecho radical: romper a aliança com o Planalto.

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O Estado ouviu 54 dos 74 deputados do PMDB em atividade - um está de licença médica. A opção pela ruptura imediata foi de 23 parlamentares. Outros 25 deputados disseram ser a favor da aliança, embora haja nesse grupo peemedebistas críticos à condução política do governo. Apenas um não quis opinar e cinco afirmaram que votarão com o líder da bancada, deputado Eduardo Cunha (RJ), que na terça-feira postou no Twitter que o PMDB deveria "repensar a aliança" com Dilma e o PT. As entrevistas foram realizadas entre quarta-feira, um dia após a reação de Cunha, e ontem.

É este o tamanho da batalha que o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), enfrentará para convencer os deputados do partido a baixarem o tom para que ele e o vice-presidente da República, Michel Temer, consigam negociar melhor tratamento à legenda com Dilma e com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), no encontro marcado pela presidente para amanhã, no Palácio da Alvorada. O governo tenta deixar Cunha isolado, mas a tarefa não se mostra tão simples.

Ontem, Raupp conversou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o impasse entre os partidos. "Ficou combinado que o Lula segura de lá (o PT) e eu seguro de cá (o PMDB)", contou Raupp.

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Dilma Rousseff convocou uma reunião para amanhã a fim de definir parte dos palanques regionais e, assim, tentar aplacar a crise com o PMDB (Foto: Beto Barata/Estadão Conteúdo)

Os peemedebistas reclamam da falta de participação nas decisões do governo. Alguns defendem que a maior legenda aliada de Dilma mereceria mais cargos que os atuais cinco ministérios.

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