O artigo descreve os resultados da imunização de 16 mil voluntários / Divulgação/Comunicação Butantan
Continua depois da publicidade
No início de agosto foram divulgados os resultados do ensaio clínico da 3ª fase da vacina contra dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan. O estudo demonstrou uma proteção de 89% contra a dengue grave, além da eficácia por até cinco anos após a aplicação.
Segundo comunicado divulgado na segunda-feira (12), os novos dados corroboram análises anteriores e atestam a segurança da vacina para pessoas de 2 a 59 anos, independente de histórico com a doença.
Continua depois da publicidade
O artigo descreve os resultados da imunização de 16 mil voluntários, entre fevereiro de 2016 e julho de 2019. As análises feitas até 13 de julho de 2021 foram consideradas e resultaram em uma média de 3,7 anos de acompanhamento.
Durante esse período, o risco de dengue sintomática foi maior no grupo de voluntários que receberam placebos do que nos vacinados.
Continua depois da publicidade
A eficácia contra a dengue grave ou com sinais de alerta foi de 89%. Já contra a dengue sintomática foi de 67,3%, sendo 75,8% para o sorotipo DENV-1 e 59,7% para DENV-2.
Mesmo durante o pico de casos em 2019, com um surto de 1,5 milhão de casos, o imunizante conseguiu fornecer proteção contra a doença.
O Instituto também afirmou que a dose única pode facilitar a adesão e logística da vacinação.
A vacina começou a ser desenvolvida em 2010 pelo Instituto Butantan, com apoio da FAPESP, a partir de uma formulação criada por pesquisadores vinculados ao National Institute of Health (NIH) dos Estados Unidos.
Continua depois da publicidade
O NIH foi responsável pela fase 1 do ensaio clínico, enquanto a fase 2 foi realizada no Brasil.
A fase 3 vem sendo conduzida sob coordenação do Butantan e seguirá até os 16235 voluntários completarem os cinco anos de acompanhamento.
Em janeiro, o Ministério da Saúde incorporou a primeira vacina contra a dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS), para crianças de 10 a 14 anos.
Continua depois da publicidade
Até agosto de 2024, São Paulo registrou 2 milhões de casos da doença e 1500 mortes.
Continua depois da publicidade