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Mais de 40% dos empregados de Praia Grande trabalham de forma informal. A constatação é da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Cidade, levantada pelo Núcleo de Pesquisas e Estudos Socioeconômicos (Nese) e divulgada na tarde de ontem.
“Este índice de informalidade pode ser considerado compatível com a realidade nacional e decorre certamente dos elevados impostos e encargos incidentes nas atividades regularmente registradas, também o recebimento da Bolsa Família (programa do Governo Federal) faz com que haja maior informalidade, uma vez que se oficializar o emprego, cessa a concessão do benefício”, afirma a pesquisa. O levantamento aponta ainda que, neste ano, houve uma elevação na quantidade de informais: 41.582 pessoas. A comparação é feita em relação ao ano de 2012.
A pesquisa do Nese foi feita em 472 domicílios, o que equivale a um universo de 1273 pessoas — sendo 688 mulheres e 585 homens. “Este universo garante uma margem de erro de 2,76% sobre os índices apurados, para um intervalo de confiança de 95,5%”, explica o núcleo.
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Desemprego
A PED concluiu que o índice de desemprego apurado em Praia Grande é de 10,77% da População Economicamente Ativa (PEA). Em relação à pesquisa de 2012, o levantamento aponta uma queda: há dois anos o índice era de 13,52%. “Este índice (2014) pode ser considerado elevado, mas se comparado ao da Região Metropolitana de São Paulo — 11,3% em julho — verifica-se que está compatível”, explica.
O núcleo afirma ainda que o índice deste ano reflete um mau momento na economia. “O crescimento está muito aquém do necessário, que ainda é prejudicado pela taxa de inflação acima da meta. Além da inflação, verifica-se que a carga tributária já elevada continua em elevação pela defasagem crescente na tabela do Importo de Renda”.
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A pesquisa verifica ainda que o maior número de desempregados está entre os jovens: 38,33% dos que tem entre 16 e 24 anos estão sem emprego. A faixa entre os 25 e 29 anos também apresentou crescimento: 20% do grupo de desempregados. “Por outro lado, verifica-se que a faixa etária dos empregados se distribui de forma mais harmônica, tendo por principal faixa de concentração a de 30 a 39 anos, com 25,82% seguida dos empregados na faixa etária dos 40 a 49 anos, com 21,09%”.
Em contrapartida, a Praia Grande tem mais da metade da população de inativos: 56%, o que equivale a 147.391 pessoas. Parte deste número é composto por aposentados e pensionistas — 57.638 pessoas.
Os inativos correspondem ao contingente da população não apta ou indisposta ao trabalho e são agrupados como incapazes por vários motivos, inclusive doença; jovens e estudantes que não trabalham; e aposentados e donas de casa, que não trabalham de forma remunerada.
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