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O mercado de trabalho da indústria paulista pode encerrar 2013 com taxa negativa, segundo a avaliação do diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias dos Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, feita após a divulgação da Pesquisa de Nível de Emprego da Federação, que apontou 4,5 mil demissões no mês de outubro. "A nossa última previsão é de um saldo positivo no final do ano de 15 mil empregos, ainda muito longe da perda do ano passado de 50 mil. Mas agora mesmo os 15 mil estão sob risco", afirmou Francini, em nota.
De janeiro a outubro deste ano foram gerados pela indústria paulista 36,5 mil empregos, com variação positiva de 1,4%. Mas a pesquisa também revelou que nos últimos 12 meses foram fechados 39,5 mil postos de trabalho, o equivalente a uma queda de 1,51% no mês passado em relação a outubro de 2012. O diretor do Depecon disse que a "luz vermelha" para a indústria está ligada desde o início do segundo semestre de 2013.
De acordo com a Fiesp, os dados indicam que os empresários estão fazendo um ajuste para baixo no quadro de funcionários, pois a forte recuperação esperada para o setor ainda não ocorreu este ano. "Havia a convicção de que existia um excedente de pessoal nas empresas, motivado por uma questão de custos de demissão, de dificuldades em caso de reposição de funcionários", disse Francini. "Evidente que a paciência vai se esgotando, o que faz com que as empresas demitam. Isso está, sim, acontecendo."
Destaques
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No mês passado, a indústria de açúcar e álcool foi responsável pelo fechamento de 2.357 vagas, enquanto os segmentos da indústria de transformação demitiram 2.143 trabalhadores. Já a indústria de produtos alimentícios fechou 3.009 postos de trabalho em outubro. Segundo Francini, neste último caso o número é considerado "anômalo", já que uma empresa está em recuperação judicial. O setor de celulose, papel e produtos de papel foi destaque positivo no mês com a criação de 848 vagas (1,1% de alta ante setembro).
No acumulado do ano, a Fiesp destaca o emprego na indústria de coque, petróleo e biocombustíveis, que registrou alta 8,9%. Já equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos teve queda de 4% no mesmo período.
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