Emprego

Emprego formal perdeu 30,2 mil vagas em outubro

Em outubro, com a demissão de 1.718.373 admissões contra 1.748.656 desligamentos, ocorreu uma retração de 30.283 postos de trabalho, correspondendo uma variação negativa de 0,07%

Publicado em 18/11/2014 às 11:32

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

De acordo com dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados  pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, o mercado formal brasileiro gerou em 2014 um total de 912.287 postos de trabalho.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Em outubro, com a demissão de 1.718.373 admissões contra 1.748.656 desligamentos, ocorreu uma retração de 30.283 postos de trabalho, correspondendo uma variação negativa de 0,07% em relação ao estoque do mês anterior. No período de janeiro de 2011 a outubro de 2014, a elevação foi de 13,14%, correspondendo um  aumento de 5.792.365 postos de trabalho ao estoque de empregos formais.

O resultado negativo do mês foi puxado, principalmente, pela perda de postos na Construção Civil (-33.556) e agricultura (-19.624), mas a queda foi verificada em 5 dos oito setores da economia. A variação positiva foi verificada nos setores do comércio (32.771), serviços (2.433) e setor público (184) postos gerados.

O desempenho negativo da Indústria de Transformação ocorreu em nove dos doze ramos. Os maiores recuos foram registrados na Indústria de Material de Transportes (-3.442 postos), Indústria Têxtil (-2.313 postos) e Metalúrgica (-2.261 postos). Os saldos positivos no emprego foram observados na Indústria de Produtos Alimentícios (2.896 postos) e Indústria da Madeira e do Mobiliário (+1.090 postos).

Continua depois da publicidade

No período de janeiro de 2011 a outubro de 2014, a elevação foi de 13,14% (Foto: Arquivo/DL)

Surpresa

Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, a redução de 30 mil postos de trabalho não era esperada pelo governo, pois, tradicionalmente essa queda só é verificada em dezembro, quando as demissões são mais fortes.

Continua depois da publicidade

Para o ministro, o desempenho foi duramente impactado pelo clima de expectativa em torno da eleição quando o país parou para votar e a crise continuou apertando. “As demissões foram feitas, mas as contratações ficaram para depois”, avaliou o ministro, salientando que é provável que tenhamos uma geração menor que hum milhão de empregos no ano. “Com as demissões em dezembro, provavelmente vamos ficar com uma meta abaixo de hum milhão de empregos” frisou.

Dias lembrou também dos fatores climáticos, como a seca no sudeste, que atingiu seu  pior momento, além dos fatores sazonais, atribuídos à agricultura, especialmente a cultura do café. “Mas esperamos um mês de novembro melhor, tendo em vista, por exemplo, que temos notícias sobre a assinatura de muitos novos contratos e contratações em massa na construção civil, além dos impactos positivos da oferta de crédito e de investimentos estrangeiros, que não cessaram mesmo com as eleições”, afirmou o ministro.
 
Nos estados

A análise geográfica revela que dentre as 27 Unidades da Federação, onze apresentaram aumento no nível de emprego no mês em análise. Os destaques positivos couberam aos estados de Alagoas (+7.735 postos), Ceará (+7.363 postos) e Santa Catarina (+4.973 postos). As maiores quedas foram registradas nos estados de São Paulo), Minas Gerais e na Bahia.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software