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A taxa de desemprego medida mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) passou de 5,9%, em fevereiro, para 6,2% no mês de março, informou hoje (28) o instituto na Pesquisa Mensal de Emprego. Para o IBGE, essa variação mostra estabilidade. Em março do ano passado, a taxa alcançou 5%.
O desemprego registrado em março de 2015 igualou a taxa de março de 2012, quando também chegou a 6,2%. O percentual é o maior registrado em um mês de março desde 2011, quando a taxa foi 6,5%.
Segundo a gerente da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios, Maria Lúcia Vieira, que participou da divulgação da Pesquisa Mensal do Emprego, os primeiros meses do ano costumam apresentar alta da taxa de desocupação, que perde força a partir de abril. "De janeiro até março, há uma tendência de elevação da taxa de desocupação. É a tendência de início de ano de todos os anos", disse ela, ao acrescentar que há mais gente procurando emprego em março deste ano que no ano anterior.
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Desde dezembro de 2014, o percentual da população ocupada teve queda, partindo de uma redução de 0,7% no último mês do ano passado que se intensificou para -0,9% em janeiro e -1% em fevereiro. Em março, a queda foi 0,2%, o que, apesar do enfraquecimento, mostra que pessoas que perderam seus empregos podem não estar encontrando novo. "Isso revela que pessoas estão saindo de seus postos de trabalho e nem todas estão conseguindo se recolocar", destaca a gerente.
De acordo com o IBGE, o rendimento real habitual do trabalhador foi R$ 2.134,60, menor que o registrado em fevereiro de 2015 e março do ano passado, meses em que foram registradas, respectivamente, rendas de R$ 2.196,76 e de R$ 2.200,85.
Em termos percentuais, o rendimento real habitual em março caiu 2,8% em relação a fevereiro deste ano e 3% na comparação com março do ano passado.
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As seis regiões pesquisadas pelo IBGE na Pesquisa Mensal de Emprego são Recife, que teve desemprego de 8,1%, Salvador (12%), Belo Horizonte (4,7%), Rio de Janeiro (4,8%), São Paulo (6%) e Porto Alegre (5,1%).
O número de desocupados nas seis regiões aumentou em 280 mil pessoas na comparação com março do ano passado e se manteve estável na comparação com fevereiro. O nível de ocupação se manteve estável em 52,1% em relação a fevereiro deste ano, mas caiu 0,9 ponto percentual em relação a março de 2014.