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O Brasil gerou 1,148 milhão de postos de trabalho com carteira assinada em 2012, o que representa uma queda de 48,8% em relação às vagas geradas em 2011, que foram de 2,242 milhões, informou, nesta sexta-feira, 11, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com base nas informações da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
A administração pública e a agricultura apresentaram retração no nível de emprego. A administração pública teve redução de 166,2 mil postos de trabalho, queda de 1,83%. Esse resultado se deve, segundo o governo, principalmente ao desempenho negativo dos servidores não efetivos, área que teve queda de 351,8 mil postos de trabalho. Na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), o ministério aponta que, no ano passado, houve eleições municipais, "o que pode ter contribuído, em parte, para o comportamento negativo no setor".
A agricultura teve saldo negativo de 19,5 mil postos de trabalho, uma queda de 1,32%. O governo avalia que o declínio pode ser creditado principalmente às atividades ligadas ao cultivo de laranja, que registrou queda de 15,7 mil postos de trabalho e ao cultivo da cana de açúcar, com a perda de 7,9 mil empregos.
De forma geral, apesar de ter sido registrada desaceleração no ritmo de criação de empregos no ano passado, houve expansão de 2,48% no total de vínculos ativos, indicando a geração de 1,148 milhão de postos de trabalho. Isso representa uma queda de 48,8% em relação à geração de vagas em 2011, que foram de 2,242 milhões. Mesmo com essa queda no ritmo de criação de novas vagas, o Ministério do Trabalho aponta que "a manutenção do crescimento do emprego formal em um patamar expressivo, embora sinalizando arrefecimento no seu ritmo de crescimento, contribuiu para a queda da taxa de desemprego no Brasil".
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Segundo o ministério, a expansão do emprego formal ocorreu em vários setores, com destaque para o crescimento de 12,06% no setor da Indústria Extrativa Mineral, que registrou o maior crescimento relativo de todos os setores da economia, seguido pelos setores dos serviços, que cresceu 5,17%, e o comércio, com 4,34%.
Como ocorreu em 2011, em 2012 o setor de serviços também liderou a geração de empregos em termos absolutos, com 794,9 mil postos de trabalho. No comércio, houve aumento de 383,5 mil empregos.
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Na construção civil, foram criados 82,4 mil empregos, o que representa um crescimento de 3%. A taxa de crescimento, entretanto, desacelerou em relação ao ano anterior, quando foi de 9,62% e superou os outros setores da economia. A Rais amplia a divulgação já feita mensalmente com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).