Educação

Prefeita Antonieta pede apoio do Ministério da Educação para rever leis, afim de contratar mais professores

Prefeita representou a FNP em apoio a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME)

Publicado em 30/10/2013 às 15:36

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Para resolver o problema de falta de vagas em unidades de educação infantil dos municípios do Estado de São Paulo, a vice-presidente para Assuntos das Finanças Públicas da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito protocolou ofícios junto ao Ministério da Educação, com propostas que visam fomentar mais recursos para o Fundeb, para que os municípios possam contratar mais professores e tenham condições de construir mais aparelhos capazes de atender ao máximo crianças na faixa etária de 0 a 6 anos.

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Antonieta e a secretária municipal de Educação, Priscilla Bonini, que também é presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME) do Estado de São Paulo e da Região Sudeste, e mais nove prefeitos se reuniram na última semana, em Brasília, com o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Romeu Weliton Caputo. Elas expuseram as reivindicações da FNP e dos dirigentes educacionais e entregaram um ofício que será levado ao Ministro Aloizio Mercadante.

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A proposta apresentada visa o aumento do valor por criança, repassado aos Estados, Distrito Federal e Municípios, sem aumento da carga tributária já existente no Brasil, mas amplia a composição do Fundeb para incluir recursos de receita própria da União, sem prejuízo da aplicação das receitas de seus tributos de caráter fiscal, para as atividades fim da União.

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“Entregamos um documento assinado por mais de 40 municípios, encabeçado pela UNDIME-SP, onde represento a FNP. Nós questionamos uma ação conjunta que envolva o Governo Federal e os parlamentares na revisão da lei de responsabilidade fiscal, no que se refere à questão educacional. O problema é que o Governo nos dá condições de construir uma creche, uma escola, mas não condições de mantê-la e contratar profissionais porque os municípios estão muito endividados e não podem arcar com mais despesas e comprometer o orçamento”, analisa Antonieta.

A presidente da Undime-SP, Priscilla Bonini destacou ainda, o importante papel da FNP. “Essa é uma união importante, pois através do diálogo democrático podemos tratar questões urgentes da educação brasileira. Vale lembrar que existem três entraves nessa questão: a falta de orçamento, a falta de terrenos que atenda as exigências dos programas de fomento e a não possibilidade de contratar profissionais, prevista na Lei Complementar nº101”.

Hoje o Fundeb é composto por Fundo de Participação Estadual (FPE), Fundo de Participação Municipal (FPM), IPVA, IPI (apesar de ser um tributo federal sua divisão é de 50% da receita para o município e 50% para o Estado), ITCMD, Lei Complementar 87/96 –Lei Kandir (que trata da isenção de ICMS aos produtos com destinação à exportação e prevê indenização aos Estados pela União em função da renúncia fiscal) ICMS e ITR (este imposto apesar de federal tem seu repasse de no mínimo 50% aos municípios ou 100% quando os municípios administram o recolhimento do tributo, que é a hipótese mais comum), que são todos tributos e receitas 100% pertencentes aos Estados e Municípios, sem participação monetária de receita própria da União, apenas complementação consoante previsto no artigo 4.º da Lei 11.494/07.

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Para isso, a Undime, com apoio da FNP, propõe uma revisão na distribuição de receita de tributos extra-fiscais e para-fiscais, como por exemplo, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, instituída pela Lei n.º 10.336/01 – CIDE Combustível e a Lei 11.494/07 que cria o Fundeb.

O documento aponta uma série de leis e artigos que podem, segundo a Undime, ser alterados para beneficiar a educação sem aumentar a carga tributária no País. Outro pedido feito ao Ministério da Educação é que seja analisada a possibilidade de absorver a demanda, pelo programa Mais Educação, com o fim do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte.

Segundo a FNP, os municípios na sua maioria, possuem mais de mil alunos sendo atendidos por este programa. A Frente solicitou também, a análise de aumento de repasse da merenda, visto que o valor destinado aos municípios não possibilita que seja mantido o padrão e a qualidade nutricional necessária para as crianças da rede.

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