Educação

Exposição 'Enciclopédia Negra' percorre escolas públicas de Santos

A mostra foi organizada em parceria com o projeto institucional da Seduc, Santos à Luz da Leitura

Da Reportagem

Publicado em 15/09/2021 às 14:50

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'Lembrei da minha mãe, por causa da força que ela teve e a minha mãe tem também', contou o aluno sobre uma das histórias / Divulgação/ Raimundo Rosa

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A Exposição Enciclopédia Negra em Sala de Aula, um desdobramento do livro 'Enciclopédia Negra', está numa turnê pelas escolas municipais de Santos. Nesta semana, a exposição estará na UME Cidade de Santos, porém até 3 de dezembro, a mostra percorrerá outras nove escolas.

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Membro da família real do Congo, o africano Francisco foi embarcado como escravo, com esposa e filhos, para Ouro Preto, em Minas Gerais, no século XVIII. Depois de muitos anos de trabalho, conseguiu sua liberdade e começou a comprar a alforria de outros escravos. Esta é parte da história de 'Chico Rei', uma das personalidades que integra a Exposição Enciclopédia Negra em Sala de Aula.

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A obra literária foi escrita por Flávio dos Santos Gomes, Jaime Lauriano e Lilia Moritz Schwarcz, da Editora Companhia das Letras, é composta de 550 personagens negros, que viveram entre o período da escravidão e a atualidade, construíram a história do Brasil e tiveram suas memórias apagadas. 

A exposição completa pode ser visitada na Pinacoteca de São Paulo de forma presencial ou virtual (https://www.portal.iteleport.com.br/tour3d/pinacoteca-enciclopedia-negra/fullscreen/). A mostra conta com a participação de 36 artistas negros, convidados a criar retratos e dar visibilidade e rosto a pessoas que viveram em diferentes contextos.

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"Graças a uma parceria com a editora Companhia das Letras, que disponibilizou pôsteres de 12 personagens e o material para conhecer suas trajetórias, conseguimos organizar a ação em nossas escolas", explicou a representante da Seção de Formação (Seform) da Secretaria de Educação (Seduc), Adriana Negreiros. Os professores das escolas participantes receberam material de apoio organizado pela equipe de formadores de História da Seform. A mostra nas escolas também foi organizada em parceria com o projeto institucional da Seduc, Santos à Luz da Leitura.

Adriana destacou também que a exposição vem ao encontro do que já é realizado na rede municipal. "Promovemos formações diversas, roteiros históricos e oficinas, confecção de materiais pedagógicos, orientação de escolha de livros didáticos e de literatura infantojuvenil, entre outros. Tudo faz parte do que preconiza a lei federal 10.639/03 (alterada pela Lei 11.645/2008), que torna obrigatório o ensino da História da África, dos africanos, afrodescendentes e indígenas em todos os currículos de escolas públicas e privadas do País".

Aprovação

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"Eu gostei muito do que vi, mas a história que mais chamou a minha atenção foi a da mulher que tinha cinco filhos e fugiu. Achei que ela foi guerreira e batalhadora. Lembrei da minha mãe, por causa da força que ela teve e a minha mãe tem também", contou o aluno Gabriel Santos de Lima, 13 anos. Ele se refere à 'Rosa', que teve seu pedido de alforria negado e fugiu do Rio Grande do Sul para a fronteira do Uruguai, entre as décadas de 1840 e 1870.

Isabela Sobral dos Santos, 12, também achou o material interessante. "Muito legal saber das histórias. Nunca tinha ouvido falar dessas pessoas".

"O tema que está sendo apresentado é muito importante, pertinente e está de acordo com as habilidades e competência do próprio currículo santista. Eles estão aprendendo isso em sala de aula, então para eles é significativo. Além disso, conhecer esses personagens é incrível para os estudantes", diz a diretora da escola 'Cidade de Santos', Márcia Paiva.

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As outras escolas que serão contempladas são: José da Costa Silva Sobrinho, Pedro II, Irmão José Genésio, José Carlos de Azevedo Jr, Edméa Ladevig, Dino Bueno, Professor Florestan Fernandes, Vinte e Oito de Fevereiro e Oswaldo Justo. A exposição ficará uma semana em cada unidade.

 

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