Educação

Cursos das Vilas Criativas capacitam três mil santistas para empregos e empreendedorismo

Ao todo, cerca de três mil pessoas puderam aprender dezenas de atividades para gerar renda, empreender ou começar uma carreira

Da Reportagem

Publicado em 14/12/2023 às 22:30

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A Secretaria de Empreendedorismo, Economia Criativa e Turismo (Seectur) mantém as 10 vilas criativas funcionando nos bairros de maior vulnerabilidade social (menor IDH) / Francisco Arrais/Isabela Carrari/PMS

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Criadas para atender a população mais vulnerável com qualificação profissional, atividades culturais e de convívio social, as vilas criativas dobraram em 2023 a meta inicial de cursos oferecidos aos santistas. Ao todo, cerca de três mil pessoas puderam aprender dezenas de atividades para gerar renda, empreender ou começar uma carreira.

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A Secretaria de Empreendedorismo, Economia Criativa e Turismo (Seectur) mantém as 10 vilas criativas funcionando nos bairros de maior vulnerabilidade social (menor IDH) - confira os endereços.

Inscrevendo-se gratuitamente apenas com documento pessoal e comprovante de residência, os alunos aprenderam a trabalhar em áreas como construção civil, barbearia, manicure, corte e costura, mídias sociais, programação de computadores, bordado, crochê, culinária, entre outras.

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Além disso, as vilas criativas ainda oferecem cerca de 150 atividades esportivas, culturais e de lazer, como aulas de música (violão, percussão), dança (balé, ritmos, ritmix, zumba, hip hop, flamenco), esportes (skate, alongamento, capoeira, ginástica 3ª idade, musculação) e informática (inclusão digital) e muitas outras. Com tudo isso atendem, no total, mais de cinco mil pessoas por ano. 

Vicente José da Silva, 28 anos, morador do Castelo, é um ´cliente´ assíduo das vilas criativas. Depois de se formar no curso de pedreiro, atualmente cursa ao mesmo tempo as capacitações de eletricista, barber shop e culinária. “São cursos muito bons, a gente aprende muitas coisas diferentes”.

Vicente está desempregado. Mas sua esperança é mudar de vida com tanto aprendizado. “Tenho certeza de que vou conseguir um novo emprego com as novas profissões que estou aprendendo”.

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Morador do Rádio Clube, Josué Pires da Silva concluiu o curso de pedreiro, na Zona Noroeste, e aprovou o conteúdo. “Foi sensacional. Aprendemos a teoria e a prática e muitas coisas diferentes, como pintura. O professor é muito bom, faz de tudo para facilitar nosso aprendizado”.

FEITO EM SANTOS

“São cursos que preparam as pessoas para entrar no empreendedorismo. Temos também um apoio para que esta pessoa consiga abrir sua microempresa. Então, são vidas transformadas e oportunidades para que as pessoas gerem renda e muitos até sustentem a família. Depois, ainda oferecemos mais chances com os eventos e as feiras criativas das quais podem participar e ter chances de mostrar o seu trabalho”, explica a secretária de Empreendedorismo, Economia Criativa e Turismo, Selley Storino.

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Estas feiras são realizadas pelo programa Feito em Santos, que surgiu em 2020, durante a pandemia de covid-19, para incentivar a economia criativa. A iniciativa permite que empreendedores santistas divulguem seus produtos por meio do Instagram @feito.emsantos, além de oferecer apoio profissional para alavancar os negócios, como orientações para melhorar as vendas e dicas de como se posicionar nas redes sociais. Em 2023, em parceria com coletivos criativos, houve, em Santos, 57 feiras com a participação de 2,6 mil empreendedores. O faturamento total deles nestes eventos chegou a R$ 1 milhão.

O Feito em Santos também capacitou 90 empreendedores de artesanato, gastronomia e audiovisual com o Programa de Aceleração de Empreendedores Criativos, realizado em parceria com o Sebrae e universidades da região.

ARTESANATO

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Outra iniciativa de incentivo à economia criativa santista é a Casa do Artesão, inaugurada em janeiro na Casa do Trem Bélico (Rua Tiro Onze, 11, Centro Histórico), com a proposta de desenvolver oficinas e momentos de discussão para pequenos empreendedores locais com novos métodos e inovações.

O equipamento atendeu 620 alunos em 31 oficinas de modalidades como artesanato com vidro, resina, crochê, cerâmica, filtro de café, fotografia para redes sociais, bonecas de pano, produção de almofada de brinquedo, macramê, quilling (peças feitas com tiras de papel enroladas), entre outras.

Na Casa do Trem Bélico também funciona a Loja Colaborativa Feito em Santos, espaço criado para fomentar a atividade criativa de artesãos e artistas da Cidade. O local reúne boas ideias e pessoas talentosas para expor e vender seus produtos.

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Economia criativa cresce em Santos e no País

Os estímulos da Prefeitura ao segmento têm rendido frutos ano a ano. De acordo com o Departamento de Empreendedorismo e Economia Criativa, da Seectur, com base em números fornecidos pela Secretaria de Finanças (Sefin), Santos fechou 2022 com 20.457 empresas de economia criativa. Trata-se de crescimento de quase 15% em relação a 2021 (17.812).

O crescimento é mais expressivo quando se compara com os números de 2013, quando havia apenas 6.931 empresas criativas (aumento de 195%).

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A expansão destes postos de trabalho também já começa a aparecer nas estatísticas relacionadas a Santos. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2022 houve 6.708 admissões e 5.741 desligamentos nas empresas criativas santistas. O saldo de 967 é 64% maior do que o de 2021 (589), primeiro ano desde 2013 que as contratações superaram as demissões.

Em todo o Brasil, levantamento do Observatório Nacional da Indústria (ONI), núcleo de inteligência e análise de dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta que um milhão de novos empregos serão gerados pela economia criativa até 2030.

A economia criativa emprega atualmente 7,4 milhões de trabalhadores no Brasil, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o 4º trimestre de 2022. Este índice pode subir para 8,4 milhões em 2030.

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