Educação

Competição no ensino a distância tende a crescer

Por trás dessa competição, está a constatação de que o ensino a distância é um mercado bastante menos pulverizado que a graduação presencial

Publicado em 08/06/2014 às 18:22

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Além de possíveis alterações nas regras do Fies, deve ficar para o próximo governo a tarefa de revisar algumas normas do ensino a distância (EAD). Espera-se a flexibilização de regras que hoje atrasam a abertura de novos polos. O diretor da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), Calos Longo, afirma que há planos de apresentação no Ministério da Educação de um novo marco regulatório para a modalidade, mas a expectativa é que o tema só avance após as eleições. Entre as discussões, a possibilidade de utilização de bibliotecas virtuais e novas tecnologias.

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As novas normas, diz Longo, poderiam acelerar a aprovação pelo ministério de novos polos de ensino a distância, que são espaços de apoio presencial frequentados pelos alunos para parte das aulas ou para realização de provas. Com bibliotecas virtuais, por exemplo, cairia a necessidade de fiscais do Ministério da Educação visitarem cada polo para verificar o acervo das instituições antes da inauguração das unidades.

Por trás desse debate, está a constatação de que o ensino a distância é um mercado bastante menos pulverizado que a graduação presencial. Durante o julgamento da fusão de Kroton e Anhanguera no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), este foi um dos principais temas abordados pela relatora do caso, a conselheira Ana Frazão.

"Esperamos que novas empresas continuem entrando nesse mercado a um ritmo gradativo, como tem sido o caso", comentaram em relatório os analistas do Santander Bruno Giardino e Daniel Gewehr. Eles calculam que desde 2012, 26 novas companhias conseguiram o credenciamento, com 162 novos polos em operação, uma média de 6,2 polos por instituição de ensino superior (IES).

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Além de possíveis alterações nas regras do Fies, deve ficar para o próximo governo a tarefa de revisar algumas normas do ensino a distância (EAD) (Foto: Divulgação)

Empresas que já atuam no segmento e que solicitaram expansão não foram contempladas ainda. "Hoje há uma abertura maior para inauguração de novos polos, mas para o setor estes ainda são passos de tartaruga", acredita Edman Altheman, diretor-geral das Faculdades Integradas Rio Branco.

O cenário começa a se tornar mais competitivo com a chegada de novas companhias. O grupo Ser Educacional e a Universidade Positivo iniciaram no primeiro trimestre de 2014 a oferta de cursos a distância enquanto o Anima Educação informou ter passado pela última fase de aprovação do seu EAD. A FMU, recém comprada pela americana Laureate, é outra que espera se expandir no segmento enquanto a Cruzeiro do Sul quer sair dos 80 polos atuais e abrir 264 novos. "Nós teremos num intervalo de um a dois anos o dobro da quantidade de operadores disputando alunos", comenta o consultor da Hoper Educação, João Vianney.

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Em resposta, as líderes Kroton e Anhanguera também têm planos para expansão enquanto chegam as etapas finais da fusão entre elas. O presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, já afirmou que considera possível que até o segundo semestre de 2015 estejam funcionando 225 novos polos da companhia. A Anhanguera também aguarda aprovação do Ministério da Educação para abrir 223 polos novos.

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