Educação

Alunos especiais têm aulas em casa

Graças ao projeto 'Atendimento Domiciliar', único na região, atualmente cinco alunos recebem o educador em suas residências.

Publicado em 21/01/2014 às 09:38

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Eles vestem uniforme, preparam o material escolar e esperam a chegada do professor para iniciar a aula diariamente... em casa. Graças ao projeto 'Atendimento Domiciliar', desenvolvido pela Secretaria de Educação (Seduc) e único na região, atualmente cinco alunos recebem o educador em suas residências.

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“Por não conseguirem frequentar regularmente a escola em razão de deficiências físicas, mentais, bem como por condições de saúde, temporárias ou definitivas, oferecemos este importante serviço”, disse a chefe da Seção de Educação Especial (Sedesp), Luana Linhares. Ela destacou que, hoje, há 877 deficientes incluídos na rede.

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Os professores selecionados passam por formação especial. É o caso de Luciana Azevedo, pedagoga com pós em inclusão, que desde agosto frequenta a casa de Leonardo Carrasco Gomes dos Santos, de 14 anos. Ele pertence à unidade Demóstenes Britto e cursou até dezembro o 2º ano. Possui a síndrome de Prader-Willi, doença genética que causa obesidade, tendência a convulsões, problemas na coluna, alta temperatura corporal e dificuldade na fala.

Eles vestem uniforme, preparam o material escolar e esperam a chegada do professor para iniciar a aula diariamente... em casa. Os professores selecionados passam por formação especial

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Leo, como é carinhosamente chamado, além de simpatia e carisma, tem a parte cognitiva preservada. Antes da chegada de Luciana, comunicava-se com os pais, Cleide Adelaide Carrasco e Marco Antônio Gomes dos Santos, por gestos e sons e estava em processo de depressão.

“A Luciana foi um anjo na vida do meu filho. Ele teve evolução espantosa. Em três meses progrediu mais que em 10 anos de sessões de fono”, contou Cleide. “É muito prazeroso ver uma criança que não era alfabetizada hoje ler bem e se comunicar oralmente, quando antes usava um vocabulário infantilizado”, disse a professora Luciana. “A coordenação motora dele, que era difícil, melhorou muito. Hoje manuseia bem a tesoura, por exemplo”.

Gabriel adora Português e já recebeu colegas em casa

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Altamente tecnológico, adora samba, ler gibis e histórias, principalmente se forem bíblicas, pois é muito católico. Aluno da escola Auxiliadora da Instrução, cursou o 3º ano em 2013 e sua disciplina preferida é Português.

Assim é Gabriel Hora Fernandes, 10, que por ser portador de miopatia miotubular congênita, também recebe atendimento educacional domiciliar do professor Valdeciro Silva. O pai, Kleber Gomes Fernandes, a irmã, Gabrielle, 15, e a mãe, Marta Emilene de Araújo Hora Fernandes, afirmaram que as aulas ajudam muito na comunicação e interatividade. 

A miopatia miotubular provoca enfraquecimento muscular geral, com dificuldade respiratória, mas a parte intelectual está intacta. “Gosto muito das aulas”, disse Gabriel, que já visitou a escola e recebeu os colegas em casa.

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Fotos: Francisco Arrais

 

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