O Ministério Público Federal ajuizou no Rio Grande do Sul ação civil pública contra a Rede TV! e o apresentador Sikêra Jr. por causa de falas discriminatórias e preconceituosas contra a população LGBTQIA+ / Reprodução / RedeTV!
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O Ministério Público Federal ajuizou no Rio Grande do Sul ação civil pública contra a Rede TV! e o apresentador Sikêra Jr. por causa de falas discriminatórias e preconceituosas contra a população LGBTQIA+ que foram ao ar na sexta (25) no programa Alerta Nacional, veiculado na emissora.
Na ocasião, ao criticar a propaganda que a rede de fast food Burger King criou para o Dia do Orgulho LGBTQIA+, celebrado nesta segunda (28), Sikêra Jr. chamou gays de "raça desgraçada". "A gente está calado, engolindo, engolindo essa raça desgraçada que quer que a gente aceite que a criança... deixe as crianças, rapaz!", afirmou o apresentador.
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Criada pela agência David e veiculada na internet, a campanha do Burger King chamada "Como Explicar" mostra filhos de casais homoafetivos contando como são suas famílias. As respostas são espontâneas.
Sikêra Jr. é reincidente e já tinha se manifestado de forma homofóbica em outras oportunidades. O MPF assina a ação em conjunto com a associação Nuances - Grupo Pela Livre Expressão Sexual, que atua na defesa dos direitos humanos da população LGBTQIA+.
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Na ação, é pedido também que Rede TV! e Sikêra Jr. sejam condenados a pagar R$ 10 milhões por danos morais coletivos –valor a ser destinado à estruturação de centros de cidadania LGBTQIA+.
Além disso, a ação civil pública solicita a exclusão da íntegra do programa Alerta Nacional de sexta (25) dos sites e redes sociais, e que tanto a emissora como seu apresentador sejam obrigados a publicar retratação pelos mesmos meios e mesmo tempo e em idêntico horário, especificando tratar-se de condenação judicial imposta nos autos da ação, devendo a referida postagem permanecer nos sites da empresa ré pelo prazo mínimo de um ano.
Procurada, a Rede TV! informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não tem ciência da ação e que não comenta processos judiciais em andamento.
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