Brasil

'Prefere sacar a Lei Maria da Penha ou uma pistola?', diz Bolsonaro

Para ele, arma é uma garantia para não ter violência dentro de casa

Do Uol/Universa/Folhapress

Publicado em 03/09/2022 às 18:34

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O candidato à reeleição presidencial, Jair Bolsonaro / Facebook/Jair Bolsonaro

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A plateia formada majoritariamente por mulheres brancas que entoavam "mito, mito, mito" antes do início do evento intitulado "Mulheres Pela Vida e Pela Família", em Novo Hamburgo, a 40 quilômetros de Porto Alegre, na manhã deste sábado (3) preenchia só metade das 6,6 mil cadeiras de plástico dispostas no pavilhão da Fenac.

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O candidato à reeleição presidencial, Jair Bolsonaro, assim como a primeira-dama Michelle, chegou ao local ovacionado pelo público participante. O evento foi organizado pela ala feminina do PL e tem como uma das organizadoras Denise Lorenzoni, mulher do ex-ministro e candidato ao governo do Rio Grande do Sul Onyx Lorenzoni (PL). 

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No telão, antes da fala de Michelle, foi exibido o vídeo que tem sido veiculado na TV, onde a primeira-dama enaltece uma obra da transposição do Rio São Francisco, dirigindo-se às mulheres nordestinas, justamente a região que o candidato tem menos aceitação.

Em seu discurso, a primeira-dama falou sobre comunismo, do atentado sofrido por Bolsonaro nas eleições presidenciais passada e da suposta perseguição que até hoje o marido enfrenta. Pontuou também que há quem "fala que mulher deve estar onde quiser e depois tenta calar outra mulher". Michelle enfatizou: "Vamos lutar pela família, vamos declarar que essa nação é do senhor e vamos orar". "Pedimos que a igreja desperte e tenha ideia da guerra espiritual." 

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Bolsonaro foi chamado para seu pronunciamento logo depois de Michelle. Recuperou seu histórico, desde que decidiu ser candidato e relembrou a facada que sofreu em 2018, dizendo que quem o salvou foi a "mão de Deus".

Ao pontuar que há um candidato que afirma que "vai transformar os clubes de tiro em biblioteca, disse: "Prefere sacar da bolsa a Lei Maria da Penha ou uma pistola?". Para ele, arma é uma garantia para não ter violência dentro de casa. Feita a pergunta, o público respondeu, em uníssono: "Pistola!". 

Abraçado em Michelle, enfatizou que não há como um homem ou uma mulher ser útil se não houver respeito e entrega entre ambos. "Eu tenho essa voz em casa", falou. Ele destacou também que não tem sábado, domingo, feriado e raramente vai ao Guarujá, no litoral sul de São Paulo.

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