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A prefeitura diz ainda que irá notificar o Procon e a Aneel, agência nacional de energia, para que medidas sejam tomadas contra a concessionária
A Prefeitura de São Paulo vai processar a concessionária Enel, que atua na região metropolitana, pela falta de energia em SP / Claudia Ramírez na Unsplash
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A Prefeitura de São Paulo vai processar a concessionária Enel, que atua na região metropolitana, pela falta de energia que ainda deixa 14 mil imóveis sem luz pelo sexto dia, após as fortes chuvas da última sexta (3).
Segundo a gestão Ricardo Nunes (MDB), a Procuradoria-Geral do Município entrará com ação civil pública por descumprimento de acordo da empresa com a capital paulista e de outras normas legais.
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A prefeitura diz ainda que irá notificar o Procon e a Aneel, agência nacional de energia, para que medidas sejam tomadas contra a concessionária.
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Nesta quarta (8), moradores estão às escuras mesmo apos o prazo dado pela concessionária para resolver o problema. A falta de resolução tem provocado revolta, com uma série de protestos na capital paulista e na Grande São Paulo.
Nesta manhã, moradores de Sapopemba faziam um protesto pela volta da energia na avenida Custódio de Sá e Faria, segundo a Polícia Militar.
Na noite de terça, um policial militar ficou ferido durante a manifestação na avenida Giovanni Gronchi, na região do Morumbi (zona oeste). Em Cotia, moradores chegaram a fechar uma pista da rodovia Raposo Tavares. Um policial militar foi ferido com um tiro.
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Outro protesto ocorreu na noite de terça na Vila Leopoldina, na zona oeste. Moradores de um condomínio da rua Carlos Weber, que estava há mais de quatro dias sem luz, fecharam uma parte da via com galhos de árvores e gritaram palavras de ordem por volta das 19h.
A falta de energia também afetou estabelecimentos comerciais nas ruas Brentano e Nanuque por mais de 96 horas, de acordo com moradores.
Segundo Sandra Brait, 56, proprietária de uma lavanderia vizinha aos imóveis afetados, a luz só voltou no local por volta das 9h desta quarta, ou seja, o bairro está entre os locais em que a promessa da Enel de retorno da energia foi descumprida.
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Brait apoiou o protesto e contou que já teve prejuízos por causa de ligações elétricas malfeitas na lavanderia pela Enel.
"É uma serie de erros, a gente tem uma gestão péssima, incompetente, porque tem poucos técnicos. Não conseguem nem fazer a fiscalização correta", diz a proprietária.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, o presidente da Enel Brasil, Nicola Cotugno, rebateu as críticas à atuação da companhia após o temporal, argumentando que foi um evento extraordinário.
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"Não é para nos desculparmos, não. O vento foi absurdo", afirma. Ele diz que a resposta à emergência foi dificultada pela enorme quantidade de árvores que caiu, forçando a empresa a trocar postes e reconstituir quilômetros de rede.
Nesta quarta, em entrevista coletiva, Max Xavier Lins, diretor presidente da Enel SP, disse que a empresa havia se preparado para uma tempestade menor na sexta-feira. A previsão, segundo Lins, era que a ventania chegasse a 55 km/h, mas a velocidade chegou a quase o dobro disso.
"Quando a gente se prepara para uma tempestade de 55 km/h e vem uma tempestade de 104 ou 105 km/h não é como se tivéssemos duas chuvas 50 km/h. A intensidade é exponencial", disse o executivo.
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Ele afirmou que a companhia tinha 300 equipes de manutenção mobilizadas na sexta, pois já havia uma expectativa de queda de árvores. Lins diz que o número de equipes subiu para 900 e agora há 1.200 nas ruas -em cada uma, há em média sete funcionários.
Funcionários do Rio de Janeiro e do Ceará reforçam o efetivo, segundo ele. A empresa diz que espera zerar o número de interrupções do serviço até o fim da tarde.
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