O prefeito de Monte Mor, Edivaldo Brischi (PTB). / Reprodução/Redes Sociais
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O prefeito de Monte Mor, Edivaldo Brischi (PTB), no interior de São Paulo, afirmou que não deixará o município "virar um lixo" ao justificar a medida de remover moradores de rua do centro da cidade, em carros da prefeitura. O destino, segundo a prefeitura, seria para cidades de origem das pessoas - não foram confirmadas quais seriam elas nem quantos atingidos. Um dos grupos buscou a polícia após afirmar ter sido levado à força para outro município.
"Eu vou mostrar como se governa uma cidade. Fiquem bravo comigo. Podem ficar, mas agora tem prefeito nessa cidade", disse Brischi, em um vídeo gravado por ele e publicado em redes sociais.
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No vídeo, o prefeito afirma que, na quinta-feira (15), mandou fazer seis viagens transportando os sem-teto. Citou as cidades de Rio das Pedras, Bauru, Campinas, São Paulo e Orquídeas. Disse ainda que nesta sexta (16) haveria mais duas viagens -para Itararé e São Rafael.
"Preciso cuidar da minha cidade. Pessoas do bem me ajudem! Me apoiem! Tem muita gente metendo o lôco (sic) no Edivaldo. O lôco (sic) no prefeito. Só que eu não aguento mais essa situação. Eu não posso ver minha cidade virar um lixo", disse o prefeito.
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Apesar de dizer que o destino dos sem-teto seria a cidade de origem, um grupo (seis homens e duas mulheres) registrou queixa na Polícia Civil de Boituva, a 85 km de Monte Mor. Segundo o registro, eles afirmaram que foram levados para a cidade contra a vontade deles.
"Eles disseram que foram colocados numa van e trazidos para cá, sem o consentimento deles. Na verdade, eles disseram que nem sabiam para onde estavam sendo levados", afirmou o delegado em Boituva, Emerson Martins.
O grupo foi encaminhado para o serviço de assistência do município. Um inquérito foi aberto para apurar a prática do crime de constrangimento ilegal. O caso ainda pode ser denunciado ao Ministério Público.
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