Segundo a ANP, o litro do diesel S-10 foi vendido a R$ 5,50, alta de R$ 0,42 em relação à semana anterior / Agência Brasil
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O preço médio da gasolina subiu R$ 0,12 por litro nos postos brasileiros com repasses do reajuste anunciado pela Petrobras na última terça-feira (15). Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o combustível foi vendido, em média, a R$ 5,65 por litro nesta semana.
O diesel, que também sofreu reajuste nas refinarias da Petrobras na terça, ficou mais caro nos postos.
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Segundo a ANP, o litro do diesel S-10 foi vendido a R$ 5,50, alta de R$ 0,42 em relação à semana anterior.
Considerando a parcela de biocombustíveis nos dois produtos, a Petrobras estimou que o repasse ao consumidor final ficaria, em média, em R$ 0,30 por litro no preço da gasolina e R$ 0,65 por litro no preço do diesel.
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Os reajustes ocorreram em meio a forte pressão do mercado por repasses das altas das cotações internacionais do petróleo.
As elevadas defasagens levaram a Petrobras a ter que ampliar suas importações de diesel para compensar a queda de importações privadas.
No dia seguinte aos aumentos, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a decisão teve o objetivo de evitar que a empresa perca dinheiro, uma vez que as cotações internacionais do petróleo atingiram um novo patamar.
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"Corríamos o risco de começar a perder dinheiro [se mantivéssemos o preço como estava] e nós não aceitamos isso", afirmou o executivo, em audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado.
A ANP detectou alta de R$ 0,02 por litro no preço do etanol hidratado, concorrente da gasolina, que fechou a semana com valor médio de R$ 3,61 por litro.
Postos questionam críticas de Prates a aumento nas bombas
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Nesta sexta, a Fecombustíveis (Federação do Comércio Varejistas de Combustíveis e Lubrificantes) divulgou nota questionando declarações do presidente da Petrobras sobre o repasse dos reajustes às bombas.
Em publicação em redes sociais, Prates disse que é hora de as autoridades fiscalizarem e, se necessário, protegerem o consumidor, ao comentar reportagem informando que um posto no Rio de Janeiro cobrava R$ 6,19 pelo litro de gasolina.
"Os preços dos combustíveis no Brasil seguem regime de preços livres e não de preços controlados", afirmou a Fecombustíveis, para quem a fala do presidente da Petrobras pode gerar ações "truculentas e desnecessárias" sobre os revendedores.
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A federação diz que há outros componentes de custo no preço final dos combustíveis, como impostos e biocombustíveis, e que a Petrobras não é a única fornecedora nacional.
Não deveria, portanto, definir percentual de aumento nas bombas.
"Esta entidade ressalta que não interfere no mercado, não sugere preços, margens ou outras variáveis comerciais na composição dos preços de combustíveis", afirmou.
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"Cada revendedor deve precificar os seus produtos de acordo com a realidade e as necessidades específicas de seus negócios."
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