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Polícia usa caminhão frigorífico para armazenar corpos em Petrópolis

Os corpos começaram a ser retirados durante a madrugada, depois que o nível da água baixou, mas ainda não há certeza sobre o número de desaparecidos

Folhapress

Publicado em 16/02/2022 às 18:51

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A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio montaram forças-tarefas para ajudar na identificação de corpos e busca por desaparecidos / Agência Brasil

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro está utilizando um caminhão frigorífico para armazenar e preservar os corpos das vítimas das chuvas em Petrópolis (RJ), possibilitando sua posterior identificação. A estrutura foi montada no PRPTC (Posto Regional de Polícia Técnica Científica), no bairro Corrêas.

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Até a tarde desta quarta-feira (16), foram contabilizadas as mortes de 66 pessoas, incluindo duas crianças, atingidas pelo forte temporal que causou inundações, enxurradas e deslizamentos na cidade.

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Os corpos começaram a ser retirados durante a madrugada, depois que o nível da água baixou, mas ainda não há certeza sobre o número de desaparecidos.

A corporação afirmou, em nota, que criou uma força-tarefa com cerca de 200 envolvidos para ajudar no resgate às vítimas e auxiliar a Defesa Civil.

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Foram mobilizados peritos legistas e criminais, papiloscopistas, técnicos e auxiliares de necropsia, servidores de cartório e de diversas delegacias da região serrana. Há também apoio terrestre e aéreo, com dois helicópteros.

A Delegacia de Descoberta de Paradeiros está atendendo as famílias que buscam informações de desaparecidos e registros de ocorrência. Os familiares estão sendo acolhidos e atendidos na Sala Lilás do PRPTC.

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Diferentes órgãos fluminenses, além da Polícia Civil, estão se mobilizando para identificar os corpos das vítimas, uma das prioridades nesta quarta-feira.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro montou um gabinete de crise para articular as frentes de atuação no enfrentamento às consequências do temporal.

Os primeiros objetivos, segundo o MP-RJ, são agilizar o processo de identificação dos corpos, vistoriar e acompanhar as necessidades da população nos pontos de apoio que recebem desabrigados, monitorar novos riscos junto aos órgãos competentes e atuar na localização de desaparecidos.

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No início da manhã, integrantes do Grupo de Trabalho de Segurança Humana do Ministério Público se deslocaram a Petrópolis.

Outros procuradores, promotores e equipes técnicas foram para a cidade à tarde. Além de apoiar o trabalho dos promotores da região, as equipes estão percorrendo os 16 pontos de apoio para fiscalizar e entender as necessidades mais urgentes da população.

Desde a noite de terça-feira (15), o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos concentra o recebimento de informações sobre pessoas desaparecidas na cidade. Os canais para solicitações são o telefone (21) 2262-1049, o e-mail [email protected] e o site www.mprj.mp.br/todos-projetos/plid.

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Juízes de Petrópolis também estão fazendo um mutirão para agilizar os documentos necessários para identificar e liberar os corpos das vítimas no IML (Instituto Médico Legal).

Por causa dos danos causados à infraestrutura da cidade, os fóruns da cidade não irão funcionar nesta quarta-feira, e os prazos processuais foram suspensos.

A Defensoria Pública do Rio também enviou uma equipe para o IML, buscando acelerar e garantir que os procedimentos de identificação sejam feitos corretamente.

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O órgão também está à disposição da população para prestar orientações em casos de urgência.

São quatro os locais de atendimento: no NPAs Centro (rua Dr. Nelson de Sá Earp, 254), no Fórum do Centro (Avenida Barão do Rio Branco, 2001), no Fórum de Itaipava (Estrada

União e Indústria, 9900) e no NPA Itaipava (Estrada União e Indústria, 11860).

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Até a tarde desta quarta (16), a Defesa Civil Municipal contabilizou 292 ocorrências: 241 deslizamentos de terra e 51 desabamentos e quedas de muro e árvores. As equipes ainda trabalham nos resgates, pois há grande dificuldade de acesso em alguns locais.

No total, 372 pessoas estão sendo acolhidas em 33 escolas públicas do município. O governo do estado também informou que 21 pessoas foram salvas com vida e que um hospital de campanha com dez leitos foi montado para oferecer os primeiros atendimentos.

De acordo com as autoridades, choveu em apenas seis horas (260 mm) o equivalente aos últimos 30 dias (272 mm), e ainda deve chover mais. A previsão para a cidade é de pancadas moderadas isoladas durante a tarde e a noite, e de chuva forte na quinta (17) e na sexta (18).

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A prefeitura decretou estado de calamidade pública e luto oficial por três dias, estando ainda em alerta máximo.

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