Política
A 11 dias do segundo turno da eleição presidencial, Lula segue à frente de Bolsonaro, marcando 49% dos votos totais, ante 45% do rival
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva / DIVULGAÇÃO
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (20) no Rio de Janeiro que o resultado da mais recente pesquisa do Datafolha serve como alerta para sua campanha.
Ele demonstrou confiança na vitória por considerar que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem ganhado pontos de forma lenta, apesar dos seguidos anúncios de medidas para o eleitorado mais pobre.
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"Estou informado da pesquisa e acho que serve apenas para nos alertar. Falta um pouco mais de uma semana para a campanha [eleição]."
"Estamos disputando aquilo que é chamado de voto de abstenção, voto nas pessoas que não foram votar, os votos de pequenos setores da sociedade, porque a eleição está muito parelha, muito disputada, e fica cada vez mais apertado o número de pessoas que temos que convencer a votar nos candidatos", disse.
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A 11 dias do segundo turno da eleição presidencial, Lula segue à frente de Bolsonaro, marcando 49% dos votos totais, ante 45% do rival. Brancos e nulos somam 4% e indecisos, 1%.
Na pesquisa realizada na semana passada, o petista marcava 49% dos votos totais e o atual presidente, 44%. Brancos e nulos eram 5% e indecisos, 1%. Hoje, com a margem de erro de dois pontos, Lula pode ter de 47% a 51% dos votos totais, enquanto o presidente pode marcar de 43% a 47%.
A oscilação favoreceu o presidente. Lula e Bolsonaro estão assim no limite máximo para um empate técnico pela primeira vez nesta disputa, mas tal cenário é considerado estatisticamente improvável neste momento pelo Datafolha.
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O ex-presidente disse estar certo de que vai ganhar as eleições apesar dos esforços do governo. "Ele ganha pontos muito lentamente", afirmou.
Lula afirmou ainda que Bolsonaro não perdeu intenções de votos apesar das falas sobre nordestinos e crianças venezuelanas porque conta com uma "máquina poderosa de contar mentira e para se explicar". "Nossa rede é muito boa, mas é muito difícil competir com robôs", disse ele.
"É importante que a gente reconheça a capacidade do exército de miliciano dele de fazer os incitamentos na rede social. A gente não tinha cultura, não tinha experiência, o Brasil não estava acostumado com isso."
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"Há boatos de que a equipe do [Steve] Bannon [estrategista da campanha de Donald Trump] veio para o Brasil tentar ajudar na última semana nosso adversário. Acho que mesmo assim iremos ganhar as eleições."
A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, afirmou que Bolsonaro faz uma "compra do processo eleitoral" ao anunciar benefícios ao eleitorado mais pobre durante a campanha.
"[É] uma sangria nos recursos do estado brasileiro. Resolveu soltar todos os benefícios para o povo a uma semana da eleição, empréstimo consignado, FGTS, não tem mais limite", disse ela.
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