Brasil

O que vai acontecer com a onça que devorou caseiro e chocou o Brasil?

As imagens do ocorrido estão circulando nas redes sociais e o caso trouxe muita tristeza e perplexidade ao país

Jeferson Marques

Publicado em 27/04/2025 às 13:00

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A onça que devorou um caseiro está debilitada e com sobrecarga em órgãos internos / Saul Schramm/Governo MT

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No último dia 21 o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, foi brutalmente atacado e devorado por uma onça pintada próximo ao pesqueiro Touro Morto, no Mato Grosso do Sul. As imagens das câmeras de segurança mostraram que o animal já rondava a propriedade e sabia da rotina do homem. Mas o que vai acontecer com ela?

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O Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio) conseguiu capturar a onça cerca de três dias após o ataque à Jorge, e após exames realizados no animal foi contatado que ele estava 30 kg abaixo do peso ideal, com desidratação, sobrecarga de alguns órgãos vitais e muitos machucados (provavelmente por uma briga com outra onça macho).

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Em nota o instituto disse que, após todo o tratamento veterinário, a onça deverá ser encaminhada para outra instituição mantenedora da fauna e incorporada ao Programa de Manejo Populacional da Onça-Pintada, já que não reunirá mais condições de viver sozinha na mata, sendo incapaz, inclusive, de lutar por alimentos.

O ataque

A onça pintada em questão já rondava as proximidades do pesqueiro há, pelo menos, 40 dias, mas normalmente durante a noite, conforme mostram as imagens de segurança do lugar.

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Ela era vista por Jorge, o caseiro, durante o dia, em poucas ocasiões, e sempre perto dos rios Miranda e Aquidauana. O local é onde os dois se encontram.

Dois dias antes do ataque a onça se envolveu em uma briga com outro macho, durante a noite, e Jorge acordou com o barulho, mas se manteve dentro de casa até o amanhecer, quando viu as grandes pegadas e marcas da confusão dos animais no chão de areia da propriedade.

O caseiro tinha o hábito de acordar às 05h30, preparar seu café e, por volta das 06h30, sair de sua casa e caminhar pelo pesqueiro até os barcos, para verificar se estava tudo bem, e a onça, por várias semanas, conforme mostram as câmeras de segurança do lugar, observou essa movimentação escondida atrás de uma árvore bem ao lado do pesqueiro.

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No dia do ataque (21) Jorge fez a mesma coisa e, ao caminhar pela passarela do pesqueiro, foi surpreendido pelo animal, que saiu em disparada de trás da árvore. Ele tentou correr de volta para casa, mas foi cercado e, ao tentar correr na direção contrária (dos barcos), foi surpreendido pela onça, que deu um salto e o atacou pela cabeça.

O ataque só foi confirmado 40 minutos depois, quando alguns homens chegaram ao pesqueiro para comprar mel, e notaram a grande poça de sangue no chão e os rastros da pata do animal na direção dos rios.

Os restos mortais de Jorge (menos de 20% do corpo) foram encontrados no mesmo dia, a tarde, por amigos e familiares, na mata, e juntados para a realização do velório.

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