Um ponto importante a se considerar na hora de estabelecer metas para o próximo ano é a estratégia utlizada para atingi-las / Pexels/Abhinav Sharma/Creative Commons
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A professora e criadora de conteúdo digital Milena Gislaine dos Santos Rodrigues, 46 anos, tem muito o que comemorar no final de 2023. Isso porque, no início do ano, ela prometeu para si mesma que iria dobrar o número de seguidores na rede social Instagram e, passados 12 meses, ela conseguiu triplicar esse montante. A influenciadora também conseguiu atingir outra meta: ultrapassou o número de livros que havia se proposto a ler mensalmente.
"Todo final de ano, traço metas para o próximo. As metas me auxiliam no planejamento, me ajudam a manter o foco e também me motivam a alcançar meus objetivos. Para conseguir cumpri-las, eu procuro revisita-las mensalmente e me cobro como se fosse um trabalho, algo que eu preciso fazer", conta Milena.
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A comunicadora Verônica Guimarães, 44, moradora da cidade de Campinas, também costuma traçar metas de ano novo. "Eu não sei quando eu comecei a traçar metas, acho que foi com 28, 29 anos... Conseguir cumprir uma meta dá uma sensação de alívio, mas para conseguir alcançar uma meta, acho que a pessoa tem que ter como objetivo algo que realmente queira fazer. Para 2024, eu quero melhorar a questão financeira, atuar na esfera profissional dentro do que eu gosto e viajar ao menos duas ou três vezes com os meus filhos", diz Verônica, que é mãe de dois meninos, de 14 e 11 anos.
Como cumprir as metas traçadas?
A exemplo do que fazem Milena e Verônica, traçar metas para o ano que está começando é um hábito comum. Contudo, para conseguir tirar os planos do papel, é preciso traçar metas realistas, como explica o psiquiatra Wimer Bottura, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria.
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"Muito se peregunta se vale ou não a pena traçar metas para o próximo ano. Vale, desde que a pessoa faça metas realizáveis. Muitas vezes, as pessoas colocam muitos planos, grandes mudanças, o que fica claro que vai dar errado. Metas demais servem mais para torturar, do que para serem alcançadas. É melhor estabecer poucas metas, realizáveis, daí aumentam-se as chances de êxito", diz o profissional.
Ter metas realistas traz ainda outro benefício: contribui para a saúde mental, visto que o contrário pode resultar em estresse e ansiedade, diz a psicóloga Bárbara Andrade, especialista em saúde mental e desenvolvimento humano.
"Se a pessoa planeja metas, automaticamente espera algum resultado. Entretanto, o que geralmente gera estresse, angústia e ansiedade são as expectativas irrealistas, além de comparações com aqueles que nos rodeiam. Vivemos em um tempo histórico em que a performance e a entrega são hipervalorizadas, não conseguir atingir esse ideal é quase sinônimo de fracasso. Talvez, seja interessante começar a se questionar, por exemplo: 'quais são os objetivos possíveis para este ano?', 'na realidade em que me encontro, faz sentido buscar uma meta assim'?. Vale lembrar ainda que o desenvolvimento humano é um processo contínuo, não necessariamente atrelado a um calendário específico", comenta a psicóloga.
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Metas precisam de planos
Outro ponto importante a se considerar na hora de estabelecer metas para o próximo ano é a estratégia utlizada para atingi-las. Neste sentido, o psiquiatra e psicoterapeuta Eduardo Perin, especialista em terapia cognitivo-comportamental é categórico: metas precisam de planos.
"Estabelecer metas é uma coisa importante. Porém, na maior parte das vezes, o que as pessoas chamam de metas de ano novo são apenas sonhos de ano novo, porque meta inclui como eu vou fazer aquilo. Em outras palavras, para determinar uma meta é preciso de um plano para cumprir aquela meta", explica Eduardo.
O psiquiatra lembra ainda que para aumentar as chances de cumprir uma meta é essencial dividir metas grandes em pequenas. "Na hora de estabelecer como vai ser feita essa meta, é preciso quebrar uma meta grande em pequenas metas, que serão conquistadas ao longo do tempo e que vai nos fazer chegar na meta final, que é a meta grande. Assim, eu recomendo colocar as metas num papel ou num aplicativo, planejar qual parte vai ser feita primeiro, qual será feita em segundo, e assim por diante. É preciso pensar ainda quanto tempo será necessário para percorrer cada uma dessas partes e quanto de esforço será preciso", diz Eduardo.
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Aplicativos podem ajudar
Dentre as metas mais comuns que as pessoas costumam traçar para o novo ano, estão emagrecer, parar de fumar, aprender um novo idioma, quitar dívidas, aumentar a renda, viajar, ser mais saudável, entre outros. Para atingir alguns desses objetivos, os aplicativos podem ser bons aliados, confira alguns:
7waves: objetivos e metas
O aplicativo promete organizar metas e objetivos, por meio de recursos e dicas para auxiliar em cada etapa do planejamento das próximas conquistas.
Rabit: hábitos & metas à risca
Com o mote de que todo hábito começa com uma semente, o aplicativo oferta uma planta virtual, que cresce toda vez que um hábito é cumprido.
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Organizze: orçamento pessoal
Para quem quer ficar com as finanças em dia em 2024, o app promete ajudar a organizar os gastos, permitindo reunir todo o orçamento doméstico em um só lugar.
Duolingo: ensino de língua estrangeira
O aplicativo parece um jogo, no qual é possível praticar o inglês e outras línguas etrangeiras.
Freelicts
O aplicativo possui diversas opções de exercícios para serem feitos em casa ou ao ar livre e ajudar a cumprir o plano de perder peso.
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Leia esta matéria também na Gazeta de S. Paulo.
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