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Nuzman pagou advogado com recursos da Rio-16

A informação consta no pedido do Ministério Público Federal para conversão da prisão temporária de Nuzman em preventiva -sem prazo para terminar

Folhapress

Publicado em 09/10/2017 às 22:00

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Nuzman pagou advogado com recursos da Rio-16 / Agência Brasil

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O presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil), Carlos Arthur Nuzman, usou recursos do endividado comitê organizador da Olimpíada do Rio para pagar seu advogado criminal em defesa durante a Operação Unfair Play, que culminou em sua prisão na quinta-feira (9).

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A informação consta no pedido do Ministério Público Federal para conversão da prisão temporária de Nuzman em preventiva -sem prazo para terminar. A Procuradoria também pediu a renovação da prisão temporária de Leonardo Gryner, braço-direito do cartola.

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E-mail impresso apreendido na casa de Nuzman aponta que ele autorizou o uso de R$ 5,5 milhões para pagar o escritório de advocacia de Nélio Machado, que o defende no caso. A mensagem determina o pagamento da quantia em 25 de setembro, enquanto o contrato seria aprovado dois dias depois pela diretoria da Rio-16.

"Mesmo ainda sem a integral análise do material apreendido, já é possível colher indícios suficientes no sentido de que Nuzman continua a atuar em benefício próprio, usando os instrumentos do Comitê Olímpico Brasileiro, bem como sua influência sobre as pessoas que lá trabalham", afirma a mensagem.
O comitê Rio-16 acumula mais de R$ 110 milhões em dívidas com fornecedores. A prisão encerrou as negociações do COI para ajudar na quitação dos débitos.

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Nuzman está preso desde quinta sob acusação de intermediar propina de US$ 2 milhões a membro do COI (Comitê Olímpico Internacional) para a escolha do Rio como sede da Olimpíada.

A prisão determinada pelo juiz Marcelo Bretas na quinta é temporária e venceria nesta terça (10). O Ministério Público Federal afirma que os e-mails impressos encontrados na casa de Nuzman indica que ele tinha o objetivo de atrapalhar as investigações.

Há ainda um roteiro de medidas a serem tomadas para regularizar, segundo a Procuradoria, "patrimônio não condizente com as declarações de imposto de renda apresentadas à Receita Federal".

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