Brasil

Nova lei facilita a adoção da Laqueadura e da Vasectomia para se evitar a gravidez

Tradicionais métodos de esterilização, a laqueadura e a vasectomia se tornam mais acessíveis após a lei que passa a vigorar a partir desta semana

Da Reportagem

Publicado em 17/03/2023 às 14:22

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A laqueadura e a vasectomia, que são métodos de esterilização também disponíveis pelo SUS / Andre Borges/Agência Brasil

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A laqueadura e a vasectomia, que são métodos de esterilização também disponíveis pelo SUS, foram tratadas em 1996 através da “Lei do Planejamento Familiar” (Lei 9.263, de 1996) que teve seu texto agora alterado, tornando a adoção destes métodos mais simples. A nova lei (fonte: Agência Senado):

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  • diminui de 25 para 21 anos a idade mínima, em homens e mulheres, de capacidade civil plena, para submeter-se a procedimento voluntário de esterilização;
  • esse limite de idade, no entanto, não é exigido de quem já tenha ao menos dois filhos vivos e que tenha capacidade civil plena (a capacidade civil basicamente é: ter 18 anos ou ser emancipado, e não ter restrições quanto à sua capacidade de decisão);
  • deixa de exigir o consentimento expresso de ambos os cônjuges para que ocorra a esterilização. Assim, basta a manifestação da vontade de quem vai se submeter ao procedimento, para que ele seja realizado;
  • manteve o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, para que nesse tempo a pessoa possa ter os esclarecimentos necessários com a sua médica ou o seu médico, ou utilizar o serviço público de regulação da fecundidade, com o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, para possibilitar ao paciente uma possível desistência do procedimento de esterilização;
  • passou a permitir que laqueadura seja realizada durante um parto, o que antes não era permitido. Isso fazia com que, antes, a mulher tivesse que se submeter a uma outra cirurgia específica para esta finalidade.

Independentemente do que cada um de nós pensa sobre a contracepção, ou seja, sobre a adoção de formas de se evitar uma gravidez, é indiscutível que o melhor momento para se engravidar deveria ser algo a ser considerado por todas as pessoas. Assim, cada relação sexual não precisa representar um risco pleno de se engravidar, já que existem diversas formas para evitar que isso aconteça.

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Do Egito antigo, há cerca de 3.800 anos, foram encontrados registros escritos e gráficos da adoção de métodos contraceptivos artificiais como, por exemplo, tampões ou substâncias que eram introduzidos na vagina para evitar que os espermatozoides chegassem até o útero. Ao longo da história antiga, vários registros de outros povos também demonstram a preocupação com este tema.

Precisamos considerar que muitas mudanças sociais do último século trouxeram ingredientes novos à realidade, quer concordemos ou não com estas mudanças: casamentos mais tardios do que antigamente que, em geral, ocorriam na puberdade; diminuição da importância da virgindade feminina; aumento do número de parceiros sexuais ao longo da vida, tanto por homens quanto por mulheres; a legalização do divórcio; a maior autonomia das mulheres quanto ao estudo, trabalho e independência pessoal; surgimento e disponibilidade de métodos contraceptivos em larga escala; entre outros.

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Entre todos os métodos contraceptivos hoje disponíveis, inclusive através do SUS, sem dúvida os métodos esterilizantes como a laqueadura e a vasectomia, que muitas vezes não podem ser desfeitos, devem ser objeto de profundo esclarecimento e reflexão antes de serem adotados. Por isso uma consulta à sua médica ou ao seu médico é fundamental para a escolha do melhor método contraceptivo para o seu caso.

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