Categorias ainda confundem passageiros e até motoristas / Divulgação/Uber
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Motoristas que trabalham por meio de aplicativos como Uber e 99 prometem parar na segunda-feira (15) para pressionar as empresas a aumentarem os repasses e valores mínimos por corrida.
A convocação para que os aplicativos fiquem desligados tem sido feita há alguns dias em grupos de mensagens e por influenciadores, motoristas que mantêm canais no Youtube onde divulgam suas rotinas e falam do dia a dia ao volante.
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A paralisação está sendo convocada pela Federação dos Motoristas de Aplicativos do Brasil (Fembrapp) e pela Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp). A expectativa de adesão é de 70% da classe em todo o País. Nacionalmente, existem mais de 2 milhões de motoristas ativos.
“O valor repassado pelas plataformas para os motoristas segue congelado desde 2015, 2016 enquanto as plataformas aumentaram os preços para os passageiros”, afirma Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp e diretor da Fembrapp.
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Eduardo Lima diz que o movimento quer mostrar às empresas donas do aplicativos que "sem motorista não tem empresa".
Ele afirma que os aplicativos aceitam conversar sobre as condições de trabalho e mesmo melhorias nas operações, mas que quando o assunto é o valor das corridas, a negociação não avança.
"Sempre que nós pedíamos reunião, elas atendiam rapidamente, mas sempre diziam que se aumentar a tarifa, cai a demanda", diz o presidente da Amasp.
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A entidade não consegue projetar quantos deverão aderir ao dia de aplicativos inativos. Se a mobilização tiver sucesso e um número considerável decidir parar na segunda, um dos efeitos perceptíveis será o valor das corridas e o tempo para localizar um motorista disponível. As empresas foram procuradas, mas não comentaram.
A principal queixa dos motoristas, segundo Lima, é que a taxa de retenção aplicada pelas companhias é variável. Ou seja, o percentual que elas cobram do condutor por cada corrida muda.
Daniel Piccinato, do canal Uber 24 horas, diz, no vídeo em que convoca os motoristas a pararem no dia 15, que há corridas valendo R$ 5 e casos em que deslocamentos de mesmo valor rendem ganhos diferentes aos condutores devido à aplicação da tarifa variável.
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Lima, da associação em São Paulo, diz que os maiores aplicativos costumavam cobrar percentuais fixos sobre as corridas, que ficavam entre 19% e 25% de cada corrida.
Atualmente, essa mordida pode ser, segundo os condutores, de 40% e muda de acordo com o volume de corridas feitas na semana, os horários de trabalho e os períodos do mês. Eles colecionam relatos de descontos de até 60% no valor da corrida.
Reclamam também que eventuais reajustes nas tarifas cobradas de passageiros não chegam aos motoristas, justamente porque a retenção feita pelo aplicativo é variável.
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Nos vídeos em que divulgam a paralisação, os motoristas influenciadores pedem que os colegas reforcem os ganhos nos dias que antecedem o protesto, como no domingo (14), Dia das Mães, para que fiquem mais tranquilos com o dia parado.
Em 2021 e 2022, Uber e 99 anunciaram ajustes nos pagamentos repassados ao motoristas em meio a altas nos preços dos combustíveis.