Avião caiu perto de uma cachoeira na serra de Caratinga, interior de Minas Gerais / Reprodução
Continua depois da publicidade
Os dois motores da aeronave que caiu e matou a cantora Marília Mendonça, de 26 anos, na sexta-feira (5), encontrados pelas equipes do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) na tarde de sábado (6), foram removidos nesta segunda-feira (8) de Piedade de Caratinga (MG). Um dos motores foi retirado no começo da tarde, e o outro, que estava submerso em um local de difícil acesso, foi resgatado pouco depois das 15h. Ambos já foram para o pátio da empresa responsável pela remoção.
Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.
Continua depois da publicidade
Um dos motores rolou pela cachoeira após o impacto do avião. Como choveu na manhã desta segunda, o nível da água aumentou, o que dificultou a remoção. Já o outro caiu em uma área de mata fechada, possivelmente quando a aeronave atingiu um fio de alta tensão da CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais) que não tinha sinalização.
A empresa responsável pela recuperação teve muito trabalho para retirar os equipamentos devido à complexidade do local onde eles se encontram.
Continua depois da publicidade
Na tarde deste domingo (7), um helicóptero da polícia militar fez um sobrevoo no local do acidente para analisar a área. A remoção está sendo feita pela mesma empresa que retirou os destroços dos avião da cachoeira, a Fervel.
Os motores e o restante da aeronave serão levados para o pátio da empresa que realiza o serviço, após o corte das asas, que facilitou a remoção.
Eles vão ser encaminhados para o aeroporto do galeão no Rio de Janeiro na madrugada desta terça-feira (9), onde ficará em um hangar para realização de perícias.
Continua depois da publicidade
Este modelo de aeronave não precisa levar caixa preta, mas serão investigados dados do geolocalizador do avião.
A equipe ainda está realizando mais entrevistas com testemunhas e acompanha a finalização do processo de remoção da aeronave.
As investigações sobre as causas do acidente que vitimou a cantora Marília Mendonça, seu produtor Henrique Ribeiro, seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e copiloto, Tarciso Pessoa Viana continuam no Rio de Janeiro pelas equipes do Cenipa, mas não há um prazo para a conclusão.
Continua depois da publicidade
O ACIDENTE
A queda do avião aconteceu por volta das 15h30 de sexta-feira em Piedade de Caratinga (MG), a 309 km de Belo Horizonte. O avião estava próximo ao aeroporto onde iria pousar quando caiu, em um local de difícil acesso.
A aeronave teria atingido o cabo de uma torre de distribuição de energia elétrica antes de cair em um curso d'água, segundo a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), que administra o fornecimento de eletricidade na região. O acidente é investigado pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e provocou a interrupção de acesso a energia elétrica para 33 mil pessoas.
Continua depois da publicidade
O avião saiu de Goiânia com destino ao aeroporto de Caratinga (MG), onde Marília Mendonça faria um show para 8.000 pessoas. O restante da banda fez o trajeto de ônibus e já aguardava pela cantora na cidade. Um caderno com músicas inéditas da cantora foi recuperado do interior da aeronave.
Fabricado em 1984, o modelo King Air C90A da Beech Aircraft tem capacidade para seis passageiros e estava em situação regular, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
O modelo pode custar até R$ 10 milhões.
Continua depois da publicidade