No primeira dia de evento, será exibido o filme Animal, do diretor e escritor francês Cyril Dion / Reprodução
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A 11ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, importante evento sul-americano dedicado à temática socioambiental, exibirá 106 filmes de 35 países em salas da cidade de São Paulo e de forma online, de 27 de julho até 17 de agosto. As sessões são gratuitas e a programação completa está no site do evento.
O filme Animal, do diretor e escritor francês Cyril Dion e inédito no Brasil, abre a mostra na quarta-feira (27). Exibido no Festival de Cannes, o filme mostra como dois jovens ativistas fazem parte de uma geração convencida de que o futuro está em perigo, entre a emergência climática e uma extinção em massa.
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Além de produções indicadas ao Oscar e premiados nos festivais de Cannes, Sundance, Roterdã e Locarno, a mostra faz uma homenagem aos cineastas Sarah Maldoror, que morreu em 2020 vítima da covid-19, e Jacques Perrin, que morreu em abril deste ano aos 80 anos.
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Uma retrospectiva reúne obras de Maldoror, considerada pioneira do cinema africano, incluindo a versão recém-restaurada em 4K de seu filme mais emblemático, Sambizanga, realizado há 50 anos e vencedor de dois prêmios no Festival de Berlim. A obra aborda o movimento de libertação angolano, com foco na figura de Domingos Xavier, operário angolano e ativista anticolonial que foi preso e torturado até a morte, em 1961, pela polícia política portuguesa. O longa é conduzido sob a perspectiva de sua companheira.
Com 41 filmes realizados no período de 1968 a 2009, entre eles quatro longas-metragens, a carreira Maldoror foi dedicada a valorizar e promover a perspectiva dos povos negros sobre a cultura e os acontecimentos históricos. O público poderá conferir na mostra uma seleção de seus títulos, que tratam de questões referentes à história e cultura africanas.
Serão exibidos quatro trabalhos de Perrin, um como produtor (Microcosmos) e três como codiretor: As Estações, Oceanos e Migração Alada, este último indicado ao Oscar. Exibido na Mostra Ecofalante de Cinema em 2018, As Estações refaz a história da floresta europeia desde o final da última era glacial até a atualidade, abordando os impactos causados pelas atividades humanas.
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O evento terá ainda a exibição que celebra os 40 anos do filme Koyaanisqatsi, a competição latino-americana com 35 títulos, um amplo panorama internacional recente, o concurso de curtas-metragens brasileiros assinados por estudantes, sessões especiais, debates e masterclass Cinema de Impacto: Filmes para Mudar o Mundo, ministrada pelo produtor francês Jean-François Camilleri, produtor dos filmes A Marcha dos Pinguins e Oceanos.
O Panorama Internacional Contemporâneo está organizado a partir dos temas Ativismo, Biodiversidade, Economia, Emergência Climática, Povos & Lugares e Trabalho. Entre os destaques estão os indicados ao Oscar Ascensão, de Jessica Kingdon, e Escrevendo com Fogo, de Rintu Thomas.
Já na Competição Latino-americana estão selecionados representantes da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba e México, com a participação de Esqui, de Manque La Banca, prêmio da crítica na seção Fórum do Festival de Berlim, e A Montanha Lembra, de Delfina Carlota Vazquez, ganhador da competição internacional de curtas do É Tudo Verdade.
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A mostra promoverá parte de sua programação em cidades do interior paulista como Piracicaba, de 2 a 20 de agosto, e Lorena, de 16 a 26 agosto, e também em Belo Horizonte (MG), de 10 a 31 de agosto, e Porto Alegre (RS), de 25 de agosto a 7 de setembro.