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O procedimento foi iniciado nesta quarta-feira (5) e é baseado no caso da criança de 2 anos e 9 meses deixada de castigo em estrutura semelhante a uma gaiola
O caso foi denunciado ao Conselho Tutelar e deve ser investigado também pela Polícia Civil. / Reprodução - Redes Sociais
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O Ministério Público de São Paulo abriu inquérito civil para investigar a falta de coordenador pedagógico e a ausência de professores, em parte dos períodos, em creches de Sorocaba, no interior de São Paulo.
O procedimento foi iniciado nesta quarta-feira (5) e é baseado no caso da criança de 2 anos e 9 meses deixada de castigo em estrutura semelhante a uma gaiola, dentro de uma creche municipal.
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O Conselho Tutelar de Sorocaba acionou o Ministério Público sobre o ocorrido na unidade educacional localizada no Jardim Santa Rosália. A Secretaria de Educação do município tem prazo de cinco dias para esclarecer os fatos.
Em vídeo gravado por uma vizinha e enviado ao Conselho Tutelar, a criança aparece sozinha, sob o sol, chorando e chamando pela mãe. Depois, uma mulher conversa com a criança, dessa vez do lado de fora, e a leva pelas mãos.
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No local, segundo o Ministério Público, foi constatada a ausência dos profissionais da direção escolar e da coordenação. A conselheira tutelar foi informada que só havia professor no período da tarde e que as crianças estavam sendo cuidadas por auxiliares de educação.
"Pela apuração prévia, constatou-se que, no momento que a criança foi trancada na grade no cercado como conduta educacional, a fim de corrigir-lhe o comportamento, não havia professor, nem coordenador, nem diretor na unidade escolar, mas apenas auxiliares, que, evidentemente, tem função de auxiliar alguém, no caso o professor da classe, mas não de se responsabilizar pelo método educacional da turma", disse a promotora Cristina Palma na portaria de instauração do inquérito.
O episódio com a criança é apurado também por uma Corregedoria da Prefeitura de Sorocaba, por meio de uma sindicância.
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O prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) chamou o episódio de suposto terrorismo e determinou o afastamento da funcionária até que as investigações sejam concluídas.
A decisão de colocar o aluno no local teria sido para corrigir o comportamento, informou ao UOL o advogado da família, Rodrigo Somma Marques Rollo.
A vizinha do centro de educação infantil resolveu registrar a cena após ouvir o choro alto e desesperado da vítima, que teria ficado cerca de uma hora no "castigo".
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Folhapress
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