POLÍTICA

Lula escolhe Padilha, Costa, Temporão, Uip e Chioro para transição na Saúde

Coordenação será colegiada e grupo terá primeira reunião esta semana

CRISTINA CAMARGO - FOLHAPRESS

Publicado em 09/11/2022 às 09:19

Atualizado em 09/11/2022 às 09:21

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Segundo Alckmin (vice), os nomes escolhidos para o governo de transição podem não ser nomeados para a gestão de Lula em 2023 / Ricardo Stuckert

A equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu quatro ex-ministros e um ex-secretário para integrar o grupo técnico da Saúde. 

O anúncio foi feito pelo senador Humberto Costa (PT-PE), um dos indicados para fazer parte da coordenação temática na fase de transição. Médico, Costa foi ministro da Saúde entre 2003 e 2005, durante o primeiro governo de Lula. 

Além dele, fazem parte do grupo os médicos Alexandre Padilha, ministro da Saúde no primeiro governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), entre 2011 e 2014; José Gomes Temporão, ministro da Saúde no segundo mandato de Lula; Arthur Chioro, também ministro de Dilma entre 2014 e 2015 e David Uip, ex-secretário de Saúde em São Paulo durante o governo de Geraldo Alckmin, agora vice-presidente eleito. 

O gabinete de transição, coordenado por Alckmin, é formado por 31 grupos técnicos que vão debater temas como saúde, agricultura, assistência social, cultura, economia, educação, entre outros. 

"Gostaria de agradecer ao presidente Lula pelo convite e pela confiança", disse Humberto Costa ao anunciar o grupo temático. "Junto com Temporão, Padilha, David Uip e Chioro, vamos trabalhar para garantir que a saúde no novo governo volte a ser prioridade". 

Segundo o senador, a coordenação será colegiada e esta semana haverá reunião para discutir temas estratégicos. 

Na lista de cotados para assumir o Ministério da Saúde no novo governo de Lula, David Uip é próximo de Alckmin e atualmente ocupa o cargo de secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do governo de São Paulo. 

Na semana passada, o infectologista deixou o PSDB depois de 27 anos de militância em que se transformou na maior referência do partido na área. Ele tomou a decisão por causa da "bolsonarização" da legenda. 

Uip coordenou o Centro de Contingência contra a Covid-19 no governo de João Doria, e liderou a resistência dos médicos de São Paulo ao negacionismo do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Chegou a ser atacado diretamente pelo presidente da República e teve a sua receita pessoal de medicamentos divulgada ilegalmente em redes sociais quando se tratou da Covid-19. 

Já o nome de Alexandre Padilha era cotado para assumir o Ministério da Fazenda no futuro governo Lula, mas perdeu força ao não ficar entre os quatro escolhidos para a coordenação da área econômica e agora foi indicado para o grupo da Saúde.

Nesta terça-feira (8), Padilha falou sobre estratégias de vacinação no futuro governo "O pai Lula mandou avisar que já vai chegar vacinando geral. O plano é tirar o atraso já no comecinho do ano com uma super campanha de vacinação", escreveu nas redes sociais. "A melhora dos índices de cobertura vacinal de todas as doenças é prioridade do próximo governo. O Zé Gotinha vai voltar". 

Segundo Alckmin, os nomes escolhidos para o governo de transição podem não ser nomeados para a gestão de Lula em 2023. 

"O presidente Lula deixou claro que a transição, os que vão participar da transição, não têm relação direta com o ministério, com o governo. Podem participar, podem não participar, mas são questões bastante distintas. Esse é um trabalho de 50 dias", disse à imprensa.

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